Roberto Ventura

Roberto Ventura

Roberto Ventura

O verdadeiro papel da oposição

18/12/2013 07h07

Ser oposição nem sempre é tão fácil quanto parece, não é ser somente 'do contra', não pode ser radical e nem arbitrário na forma de ter um posicionamento contrário a administração pública que se pretende fiscalizar.

Nenhum governo se sustenta sem oposição, porque toda unanimidade é “burra”. É necessário que haja oposição aos governos. No entanto, uma oposição responsável, com ética, inteligência, não simplesmente mostrar os erros, mas também os acertos e onde se precisa melhorar. Uma crítica séria, responsável, com transparência e que seja feita por pessoas que tenham acima de tudo credibilidade e conhecimento, assim sendo, sem dúvida, terá o apoio da população.

O que estamos acostumados a ver é na maioria das vezes opositores radicais, verdadeiros perseguidores obcecados por uma ideia fixa contra determinadas pessoas. Aqui em União dos Palmares, existe um grupo pequeno - é verdade - que ao invés de explorar as falhas do prefeito, ficam denegrindo a imagem do gestor e, sobretudo, da administração municipal e, além de tudo, são pessoas sem nenhuma credibilidade, despreparadas. Oposição significa grupo de ideias contrárias ao governo e não contra a pessoa jurídica, ou seja, contra o governante.

Para que os contrários aos governos possam ganhar credibilidade e visibilidade é preciso que sejam transparentes, verdadeiros e, do mesmo modo que apontem os defeitos, as falhas e óbvio que se devem mostrar os acertos. Oposição e governo, cada um tem o seu papel na política e um não vive sem o outro.

A política moderna não mais comporta concepções de que certos grupos políticos representam o “bem”, e seus adversários, o “mal”. Nenhum grupo político é “dono da verdade”, perfeito ou infalível. Pelo contrário, todo gestor bem-intencionado está humanamente sujeito a praticar acertos e erros, e o interesse público somente resultará da síntese do confronto permanente e saudável e os pontos e os contrapontos, apresentados pela situação e pela oposição, cada uma cumprindo seu papel, ambas, porém, com o mesmo propósito: o de realizar o bem comum e a felicidade coletiva, finalidade da própria política.