Fábio Lopes

Fábio Lopes

Fábio Lopes

A Copa e as manifestações

02/06/2014 07h07

A Copa do Mundo no Brasil vai representar um lucro estimado de mais de R$ 4 bilhões para a Fifa. Isso, afora a venda de ingressos e o direito de comercialização direta nos estádios brasileiros.

É dinheiro muito. De acordo com estudo da consultoria Delta Economics & Finance, publicado na revista América Economia, a Fifa vai lucrar bem mais no Brasil do que lucrou com os R$ 3,3 bilhões apurados na África do Sul em 2010 e os R$ 2 bilhões na Alemanha, em 2006.

De olho numa fatia para beneficiar o incentivo ao esporte no país, deputados da Comissão do Esporte propuseram à federação 10% de pouco mais da metade dessa dinheirama.

Sabe para quê? Para a construção de centros de treinamentos para formação de atletas de clubes médios e pequenos, como também incentivar a prática esportiva por pessoas com deficiência e apoiar pesquisa de doenças raras.

Até hoje a Fifa não se manifestou e sequer ouviu os deputados brasileiros. Entre eles, Afonso Hamm, do PP (RS), e ex-goleiro que defende 10% de, pelo menos, R$ 2,5 bilhões que a entidade mundial do futebol vai lucrar no Brasil.

Essa é uma das razões pelas quais manifestantes estão indo às ruas para protestar sobre a realização da Copa do Mundo no país. Além da exigência da Fifa pelo padrão técnico das construções dos estádios de futebol.

E qual é o padrão que o governo brasileiro oferece à população nos quesitos mais exigidos pelo povo em educação, saúde e segurança pública?

Nem precisa responder. Todos nós sabemos a realidade a qual vivemos. O resultado está nas escolas, nos hospitais e nos presídios. A conseqüência a gente vê nas ruas.

Manifestações em quase todas as capitais e pelo interior do Brasil. A exemplo de nossa cidade que exige mais segurança da segurança pública ameaçada pela criminalidade.

Mais uma vez Alagoas está na ponta das estatísticas do crime. O Mapa da Violência, divulgado em maio, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos – CEBELA.

Em homicídios, Alagoas ficou em primeiro lugar com 64,6%. Nem citarei o percentual dos demais estados que perderam para o qual moramos.

Assim se encontra Arapiraca com uma violência desenfreada. Governo nenhum resolveu situações como esta, sozinho. A sociedade tem que dar sua contribuição também. É dever nosso.

As manifestações são ações que exigem uma saída, uma solução. Um grito de paz.
Por mais segurança, a comunidade do Pau D’Arco foi às ruas no domingo, 25 de maio. Na sexta-feira, 6 de junho, o Movimento Arapiraca Segura vai ocupar o Centro da cidade. Espera-se que o comércio baixe as portas.

O mínimo que podemos fazer é participar dessa ação. Hastear uma bandeira branca, um pano também serve, na porta de residências e estabelecimentos comerciais.

A polícia sozinha também não combate o crime. Para nossa contribuição existe o Disque Denúncia 181 ou mesmo o 190.

Está mais do que na hora de fazermos a nossa parte!

Agora estou por aqui. Sejam todos bem-vindos.

Jornalismo com responsabilidade social.

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Sobre o blog

Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Assessor de comunicação da SMTT Arapiraca, professor de Comunicação e Expressão do Senac Arapiraca. Blogueiro com experiência em TV, Rádio, Impresso, Online e Assessoria de Comunicação nos Estados de AL, PE e MA.

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