Fábio Lopes

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Cunha: evangélico e ?pilantra de 5ª categoria?

21/08/2015 13h01

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi tachado de ‘pilantra de quinta categoria’ pelo ex-ministro Ciro Gomes, no início desta semana.

Eduardo Cunha que supostamente teria recebido uma propina de U$ 5 milhões, referentes a contratos da Samsung com a Petrobras. Ele é acusado de ter recebido essa dinheirama que dá mais de R$ 15 milhões.

Investigação da Operação Lava Jato pela Polícia Federal (PF), que investiga também o senador da República, Fernando Collor (PTB-AL).

Cunha foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. Janot pede que ele seja condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em entrevista à imprensa, o evangélico Eduardo Cunha disse que está “absolutamente tranquilo”. E que não vai renunciar.

Perguntar não ofende, não é mesmo? Um cidadão honesto e ético estaria absolutamente tranquilo com uma denúncia dessas? E a opção religiosa de Cunha não seria, digamos, um critério para ele ser honesto? Ou não?

Pelo menos não é assim que os evangélicos pregam para o mundo? De que são honestos e serão salvos por pregarem a palavra de Deus? Ele deveria, ao menos, respeitar os evangélicos que são honestos e fiéis à palavra de Deus.

Será que os homens desonestos estão usando a religião para se apropriarem das regalias que a política oferece aos políticos? A religião seria um escudo para eles desfrutarem do poder?

Por que será que os evangélicos querem estar na política e nos cargos de maior relevância política?

Pelo menos o que vemos a respeito do presidente da Câmara é o que o ex-ministro Ciro Gomes disse essa semana: “Cunha é um pilantra de quinta categoria e que usa a presidência da Câmara para mandar e desmandar no país”.

Além de Ciro Gomes, outras autoridades já declaram que Cunha tem se escondido por trás do cargo poderoso para tentar se livrar de qualquer tipo de denúncia.

Como será que ele vai enfrentar a sabatina no Congresso ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, indicado ao cargo pela segunda vez e escolhido numa lista de três nomes pela presidenta Dilma Rousseff (PT-MG)?

É vergonhoso assistirmos e lermos notícias como estas. É vergonhoso vermos representantes do povo com esse tipo de denúncia.

O povo e o eleitor precisam ficar atentos e vasculhar a vida do candidato que só chegará lá depois de ser aprovado na urna, pelo seu voto.

Ano que vem teremos eleições e casos como este servem de exemplo para que o voto seja, de fato, uma arma decisiva para combater espécies de políticos como este e a famigerada corrupção.

Vamos pensar nisso. O voto é intransferível e sua arma mais poderosa na democracia.
 

Sobre o blog

Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Assessor de comunicação da SMTT Arapiraca, professor de Comunicação e Expressão do Senac Arapiraca. Blogueiro com experiência em TV, Rádio, Impresso, Online e Assessoria de Comunicação nos Estados de AL, PE e MA.

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