Um cadastro municipal de cultura é uma das primeiras ações do município de Teotônio Vilela para utilizar os recursos da lei Aldir Blanc, conforme divulgou, no início da noite desta segunda-feira (13), a secretaria municipal de educação e cultura de Teotônio Vilela. A iniciativa tem por objetivo beneficiar artistas, grupos, empresas, associações, espaços, manifestações e setores atuantes na cultura da cidade com, entre outras medidas, o auxílio específico para o setor.

Segundo informações do governo municipal, o cadastro, além de coletar os dados para que seja feito o repasse do auxílio emergencial da cultura, visa mapear e ampliar a possibilidade de oferecer suporte aos fazedores de cultura do município.

Antes mesmo da aprovação da lei federal  14.017/2020, o governo local já havia criado um auxílio municipal que atingiu alguns artistas do ramo. No entanto, poucas pessoas foram contempladas porque o município não dispunha de recursos o suficiente para atender a maior parte da categoria. Com os recursos da Lei Aldir Blanc, a prefeitura deve ampliar os beneficiados pelo auxílio do setor cultural de Teotônio Vilela.

 

 

O cadastro municipal é primeira etapa de um conjunto de ações que visam implementar medidas para atendimento do setor.  Depois do cadastro, conforme informa a secretaria, a prefeitura, juntamente com representantes da cultural do município, deve traçar estratégias para o desenvolvimento de políticas públicas envolvendo a categoria, nas quais serão utilizados os recursos oriundos da Lei Aldir Blanc.

Para realizar o cadastro os artistas, grupos, empresas, associações, espaços, e setores atuantes na cultura do município, devem acessar o link https://forms.gle/RVvufcyrxX1NU98h7.

 

Sobre a lei de apoio emergencial à cultura

 

Publicada no Diário Oficial da União, no último dia 30 de junho, a lei 14.017, lei Aldir Blanc, foi criada para ajudar profissionais e organizações culturais que perderam renda em razão da crise do coronavírus. Ela garante o pagamento de R$ 600 para artistas informais de parte de um pacote destinados à área, transferidos da União para estados, Distrito Federal e municípios. O valor do repasse estabelecido pela lei é de R$ 3 bilhões e se destina principalmente a três finalidades:

• Pagamento de uma renda emergencial aos trabalhadores da cultura em três parcelas de R$ 600 (leia mais abaixo);
• Subsídio mensal para manutenção de micro e pequenas empresas e demais organizações comunitárias culturais e também de espaços artísticos que tiveram que paralisar as atividades por causa da pandemia;
• Realização de ações de incentivo à produção cultural, como a realização de cursos, editais, prêmios.

O projeto, de autoria da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que visa auxiliar os profissionais do setor cultural do país, ficou popularmente conhecida como “Lei Aldir Blanc”, em homenagem ao músico, compositor e escritor, que morreu no último dia 04 de maio, vítima da Covid-19, aos 73 anos, no Rio.

 

Quem foi Aldir Blanc

 

 

Músico, compositor e escritor. Talvez você já tenha ouvido o artista, ou até tenha uma de suas músicas como predileta e nem saiba. É que suas maiores canções foram eternizadas nas vozes de outros interpretes.

Uma de suas canções mais famosas, “O Bêbado e a Equilibrista”, feita em parceria com João Bosco, ficou eternizada na voz de Elis Regina. Outras composições famosas são “Bala com Bala”, “O Mestre-Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime” e “Caça à Raposa”.

A obra de Blanc reúne, ainda, dezenas de canções conhecidas, feitas em parceria com outros ilustres artistas, como Moacyr Luz, Maurício Tapajós, Paulo Emílio, Carlos Lyra, Guinga, Edu Lobo, Wagner Tiso, César Costa Filho, Cristóvão Bastos, Roberto Menescal, Ivan Lins, entre outros.