Após duras críticas na Câmara Municipal de Palmeira dos Índios por conta de várias obras paralisadas, o secretário municipal de Infraestrutura, Tiago Diógenes, foi convocado a prestar esclarecimentos em sessão ordinária realizada nesta quarta-feira (10). Ele apresentou relatório citando 28 obras, o valor de cada uma e a identificação das empresas que estão atuando na execução dos projetos, mas foi criticado por não apresentar documentos que comprovem os dados apresentados.

O primeiro questionamento foi feito pela vereadora Adelaide França (PSB), que foi convidada para presidir a sessão como uma forma de homenagear a semana em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A parlamentar quis saber os motivos que fizeram com que a obra da Praça Moreno Brandão, a “Praça do Açude”, esteja paralisada a tanto tempo.

“O que foi feito, quanto se gastou para fazer o esgotamento do açude, a operação estava alinhada com a legislação ambiental? Qual o resultado concreto da obra para Palmeira dos Índios até agora?”, indagou.

Por sua vez, o presidente da Mesa Diretora, vereador Ronaldo Raimundo Júnior (PSL), perguntou se a secretaria de Infraestrutura tem um calendário de entrega de obras. O titular da pasta responsável destacou apenas o Portal de acesso ao município pelo bairro de Palmeira de Fora que, segundo ele, ficará pronto ainda este mês. Sobre as demais obras, Tiago Diógenes não soube revelar prazos para conclusão, mas garantiu ter cobrado celeridade às construtoras.

Já o vereador Geraldinho Ribeiro (PTB), usou a Tribuna do parlamento para falar sobre os custos de cada obra. Ele fez questão de destacar que, das 28 citadas, apenas a do entorno do Cristo do Goiti foi entregue à população. “É muito dinheiro para poucas explicações e muita obra parada, a única obra que foi entregue foi a do Cristo do Goiti”.

Por fim, o vereador Maxwell Feitosa questionou os dados apresentados pelo secretário Tiago Diógenes e criticou a ausência de documentos que comprovem as declarações que foram dadas pelo titular da secretaria de Infraestrutura. “Não adianta o secretário chegar aqui com uma planilha sem a documentação que comprove todos os itens, todos os dados e toda a estatística da referida planilha”, concluiu.