Blog do André Avlis

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SELEÇÃO BRASILEIRA: Brasil mostrou que é possível ter um alfabeto de planos

Com gols de Raphinha, Phillipe Coutinho, Antony e Rodrygo, Brasil goleia o Paraguai pela 16° rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo Catar 2022

02/02/2022 08h08 - Atualizado em 02/02/2022 09h09
SELEÇÃO BRASILEIRA: Brasil mostrou que é possível ter um alfabeto de planos

Voltem alguns posts - talvez esse seria um bom começo para este.

Há alguns dias citei o fator "planos" para falar sobre a ruim atuação do Brasil contra o Equador.

Contra o Paraguai parece que eles surgiram. Aliás, ressurgiram.

Tite precisou fazer algumas mudanças por obrigação, outras por opção.

Diferente do que vinha acontecendo, o técnico alterou o esquema para o 4-1-4-1.

A partir da segunda linha, o time tinha: Fabinho como volante na frente da defesa; Coutinho e Paquetá como armadores; Vinícius Júnior e Raphinha nas pontas; Matheus Cunha como centroavante.

Na movimentação defensiva, como de costume, as duas linhas de quatro (no 4-4-2) foram mantidas.

O que chamou atenção foram as variações de movimentos nas construções das jogadas dentro do "novo" sistema.

Na "saída de 3", Daniel Alves virava um meio-campista, Alex Telles fechava pela esquerda e Fabinho se aproximava do homem da bola.

Nessa movimentação os pontas abriam ainda mais, dando amplitude. Alargando o campo para a possibilidade das bolas invertidas, passes verticais e infiltrações.

No meio, os armadores se aproximavam para as triangulações, retenção da posse de bola e movimentos que abriam espaços para penetrações.

Apesar da fragilidade da seleção paraguaia, o Brasil mostrou repertório tático para transpor uma defesa que defende com uma linha de cinco.

Na defesa, houve a solidez e consistência de sempre. Proveniente do bom trabalho tático e característico do Brasil.

Vale destacar os posicionamentos e movimentações de Daniel Alves, Paquetá e Coutinho.

A liberdade para flutuar entre as linhas foram importantes para que espaços aparecessem. Criando situações posicionais favoráveis para outros fatores.

Por exemplo: o "mano" dos pontas brasileiros e as inversões de jogadas. Além da chance de acionar o pivô.

Foi um jogo seguro, tranquilo e que mostrou que há possibilidades para variações. Diferente do terrível jogo contra o Equador.

Apesar do frágil adversário e parâmetro não tão extremo, vale destacar a mudança aparente da seleção.

Adenor tem, agora, outras alternativas para implantar na equipe. Entre peças, esquemas, modelo de jogo e variações táticas.

Vários planos. Um alfabeto deles.








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