Durou pouco aquilo que estava bom.

Na tarde desta quinta-feira (10), direção do ASA anunciou a saída do técnico Celso Teixeira.

O experiente treinador acertou com o Brasiliense. Inclusive, já foi apresentado e já comandou as primeiras atividades no novo clube.

Celso deixa o ASA com um ótimo desempenho: em sete jogos, foram cinco vitórias e dois empates; com 19 gols marcados e apenas dois sofridos.

Além disso, o clube é o líder do seu grupo na Copa Alagoas e vice-líder no Campeonato Alagoano. 

Vendo por todos os aspectos de números performance, seria ilógico "pular fora". Seria...

Segundo informações colhidas, o técnico vai receber de três a quatro vezes mais do que recebia no ASA. Supostamente, algo que giraria em torno de R$ 30 mil.

Sendo assim, possivelmente, houve um motivo para a saída do treinador: o fator financeiro. A grana, dindim, bufunfa, arame, "caju".

Grande parte da torcida vem tratando a situação como traição e deslealdade. Sentimentos legítimos e justos de quem se sentiu prejudicada. 

Especialmente pelo bom momento e ótimo rendimento vividos pelo time.

Vários estão condenando e crucificando o técnico pela decisão de ir embora. "Largando o barco", como gostam de citar.

Mas eu pergunto: o que você faria se chegasse uma proposta onde você ganharia duas, três ou até quatro vezes mais do que você ganha no momento?

A resposta parece óbvia.

Todo profissional busca uma melhora e uma evolução na parte financeira. Seja ele técnico de futebol, professor, radialista, jornalista, etc.

Em qualquer trabalho, área e segmento esse é o objetivo. Hipocrisia pensar que não porque o lado passional fala mais alto.

Celso Teixeira poderia ter ao menos se despedido de uma forma melhor? Sim. Sobre isso eu concordo. Somente isso.

No mais, não vejo nada de abominável buscar o melhor para a carreira em termos financeiros. Errado o técnico não está.

Por fim, é compreensível a chateação do torcedor. Obviamente. Mas é preciso entender que as pessoas passam. O ASA fica. E será sempre assim.