Blog do André Avlis

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COPA DO BRASIL: Como deve jogar o Cuiabá e de que forma o ASA pode surpreendê-lo

Sem se enfrentarem desde 2017, ASA e Cuiabá duelam pela primeira vez na Copa do Brasil nesta quarta-feira (23), às 19h, em Arapiraca

22/02/2022 13h01 - Atualizado em 24/02/2022 00h12
COPA DO BRASIL: Como deve jogar o Cuiabá e de que forma o ASA pode surpreendê-lo

O dia da decisão se aproxima.

ASA e Cuiabá não se enfrentam desde 2017, quando jogaram pelo Brasileirão da Série C.

Na história do confronto são oito partidas. Foram quatro vitórias para o ASA, três para o Cuiabá e um empate; além de nove gols para cada.

O Cuiabá tem o técnico recém-chegado Pintado. Sob seu comando foram quatro jogos; três vitórias e um empate.

Dito isto, vamos à análise:

Acompanhando os últimos jogos do time mato-grossense é perceptível que os conceitos e ideias do técnico começam a ser implantados.

O 'Dourado', utiliza o sistema 4-4-2 como seu esquema inicial. No entanto, existem variações que mudam todo o desenho tático.

Defendendo, as duas linhas de quatro universais. Fazendo o balanço defensivo e pressionando o homem da bola.

Em termos de posicionamento, vem jogando com dois pontas com 'pé trocado'. Ou seja, um destro jogando pela esquerda e um canhoto pela direita.

Isso proporciona infiltrações no movimento de 'facão', além da possibilidade de finalização e criação quando há a finta para dentro.

Além disso, essa movimentação possibilita, também, o espaço nos corredores para as ultrapassagens dos laterais.

Na saída de bola, algo me chamou atenção: o posicionamento e a movimentação na construção de jogadas.

Diferente do que estamos vendo, na maioria dos times (a saída de 3), o Cuiabá vem saindo com quatro atrás: desce os volantes, abre bem os laterais e "empurra" os pontas e atacantes para a última linha ofensiva.

Assim, o que era um 4-4-2 se transforma num 4-2-4. E em determinados momentos um 3-2-5, com o avanço de um dos laterais.

Os deslocamentos fazem o time ter mais amplitude, profundidade e consequentemente superioridade numérica na estratégia de jogo posicional.

Isso permite que as bolas invertidas, nas costas da defesa adversária, na movimentação ofensiva se tornem uma arma. Além da progressão das linhas e transição rápida, que criam espaços para a infiltração dos volantes.

Por fim, outro fator ofensivo que a equipe arapiraquense deve ter atenção, é a movimentação do "falso atacante". Um meia que flutua entre as linhas para tentar os passes verticais (para o jogo deve ser Rodriguinho).

Mas André, esse time só tem coisas boas?

Calma.

É sabido e notório que o Cuiabá tem um time mais forte. Por todo o contexto. De nível de contratações, divisão e poder financeiro. Hipocrisia, demagogia e ilusão achar que não.

No entanto, existem alguns caminhos para o ASA utilizar de forma inteligente e com uma boa execução.

O principal: os corredores laterais (principalmente o lado esquerdo, com Igor Cariús).

Por ser um time que tem a transição rápida, adianta as linhas e ataca muito pelas laterias, sempre deixa o espaço vazio nos corredores.

Da mesma forma acontece na progressão dos meio-campistas. A partir do momento que avançam para a infiltração, deixam um espaço entre a intermediária defensiva e os defensores.

Isto é, uma estratégia alvinegra onde haja compactação e saída em bloco para um bom contragolpe, a arma será o bom passe para a saída em velocidade.

O ASA tem mais uma oportunidade de fazer história e ganhar ainda mais notoriedade no cenário nacional.

Será difícil? Sim. Mas não impossível.

Basta montar uma estratégia e executa-la com excelência. Sabendo, entendendo e tendo a consciência que o adversário é mais forte.

E isso não é se achar inferior ou fraco. Será apenas o uso da inteligência que um jogo de mata-mata pede.

Nada mais que isso. Muito mais por tudo o que representa uma classificação. Por outros impossíveis que o ASA já conseguiu.







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