Blog do André Avlis
FUTEBOL: Palmeiras - do calvário às glórias
Após a conquista da Recopa Sul-americana, uma carta aberta aos palmeirenses
Este será meu primeiro texto sobre Palmeiras por aqui.
Uma carta:
Palmeirenses, aqui quem escreve é um de vocês.
Do mesmo que viveu tempos de penúria no início de um novo milênio.
Que viu, no mesmo período, o verde e branco de Palestra cambalear como se golpes infinitos fossem dados e impostos.
Tempos sombrios que nem mesmo alguns mínimos momentos de calmaria foram suficientes para ver aquele que amamos sucumbir e sucumbir.
O verde da esperança por vezes perdeu a cor. Mesmo que em nosso íntimo pessimista houvesse uma pontinha dela que também tem nosso tom.
Se alguém me perguntasse como eu imaginaria o Palmeiras hoje, talvez eu não saberia o que responder. Por saber que provavelmente o calvário continuaria.
Ou talvez diria: "espero que um pouco melhor que ontem".
O pouco virou muito. Muito mais daquilo que imaginei um dia. E desde 2015 é assim. Nossa estruturação que se confunde com ressurreição, renascimento, ressurgimento.
Ontem conquistamos o oitavo título em oito anos. O mesmo número da idade que eu tinha quando vi a glória eterna de 1999.
Mais uma das inúmeras taças levantadas num tempo recente.
Tempo. O mesmo que um dia foi de martírio. E hoje presencia e acompanha a felicidade.
Eu sei. Explicar toda essa emoção a um palmeirense é desnecessário - como perfeitamente disse Joelmir Beting.
Inexplicável também o sentimento vivido em épocas de bonança. Do filé. Para quem sabe o que é "roer osso".
Então, aproveitem. Desfrutem.
Com carinho, um de vocês.