Blog do André Avlis
O futebol brasileiro flerta com a tragédia
Violência de todas as formas mostram o que vem se tornando o futebol brasileiro
Fui para um show ruim e agredi o artista. Não gostei do atendimento do garçom, bati nele.
Não gostei do atendimento da balconista, xingue ela.
O padeiro errou o ponto do pão, dei-lhe um soco. Até porque, onde já se viu, errar algo que vive fazendo?
Fazer isso e ter a certeza da impunidade. É assim no futebol brasileiro.
Os campos e seus arredores viraram ambientes de terror. Onde terroristas trajados de suas "paixões" passam do limite da racionalidade por desamor - ou por pura estupidez.
Bomba jogada em ônibus, faca em punho em um jogo de meninos, pedras e celulares arremessadas para ferir.
Protestos cheios de terror em áreas que normalmente pouco se pode - porque, certamente, um saguão de aeroporto não é lugar de ameaças.
Jogadores que pedem paz antes do apito e que criam conflitos sem ouvir ao menos o mesmo apito inicial que pede para parar.
A certeza da impunidade traz a certeza de que "do portão para dentro" tudo pode.
Leis e normas falhas que parecem proteger a imbecilidade. Pouca punição e muita impunidade. Onde pensam que o financeiro credencia o livre arbítrio da selvageria.
A espera de um milagre será a mesma espera por uma catástrofe (das várias que aconteceram) para atitudes serem tomadas.
Enquanto isso, o futebol brasileiro vai flertando com uma tragédia cada vez maior.