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Candidatura de Regis ao governo é improvável, e pode prejudicar reeleição de Pedro Vilela

Ex-deputado reivindica direito de federação PSDB/Cidadania ter caniddatura própria

22/04/2022 17h05
Candidatura de Regis ao governo é improvável, e pode prejudicar reeleição de Pedro Vilela

É pouco provável, mas o barulho causado pela dupla do Cidadania, Régis Cavalcante e Juca Carvalho, pode causar alguma dor de cabeça à chapa de Rodrigo Cunha ao governo do estado. Dentre todas as costuras feitas por Arthur Lira até o fechamento da janela partidária, talvez esta tenha sido a menos “amarrada” delas, e a mais suescetível a causar algum problema.

Relembrando: o PSDB e o Cidadania fecharam uma federação em nível nacional, o que implica que deverão necessariamente estar juntos em todos os estados. Nos últimos minutos da janela, em acordo com a direção nacional do partido, Rodrigo saiu do PSDB para a UB, em num gesto de reciprocidade, “cedeu” a deputada Jó Pereira, sua provável vice, para o ninho tucano.

De lá pra cá, algumas questões importantes aconteceram. Doria sofre forte pressão para não ser candidato a presidente, e excluiu Bruno Araújo, presidente nacional da legenda, de sua campanha. O que mostra que Araújo não é tão forte dentro do partido quanto se imaginava – e daí a seus acordos nos estados começarem a ser questionados, é um caminho natural.

Porém, como para toda ação existe uma reação de igual proporção (essa aula de física a gente decorou bem), o impedimento de Jó em ser vice de Rodrigo pode causar nela e em Arthur uma vontade enorme de elegê-la deputada federal – e aí reduzir bastante as chances de Pedro Vilela em conquistar sua releeição (que já são bem diminutas).

A avaliação, no meio político, é que nem Regis nem Juca vão muito longe com a querela, e que na verdade só gostariam de estar no grupo e não foram chamados – ou seja, estão “valorizando o passe”.

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