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Sem abraçar-se a nenhum presidenciável, Cunha vai quebrando uma verdade inquestionável

Senador chega na reta final de campanha contrariando expectativas de que teria que estar ao lado de um presidente

20/09/2022 18h06 - Atualizado em 20/09/2022 19h07
Sem abraçar-se a nenhum presidenciável, Cunha vai quebrando uma verdade inquestionável

Havia uma verdade repetida por muitos analistas da política alagoana, de que os candidatos que mais se destacariam no processo majoritário seriam os que colassem suas imagens aos nomes nacionais, seguindo a polarização entre os presidenciáveis, Lula (PT) ou Bolsonaro (PL).

Esta verdade tornou-se ainda mais inquestionável na medida em que Paulo Dantas se apresentou como o “candidato do Lula”, e começou a crescer nas pesquisas. E do lado oposto, mesmo entrando tardiamente na disputa, Collor apresentado como o “candidato do Bolsonaro” em Alagoas já entrou disparado, assumindo a segunda posição.

Numa terceira frente, desde o começo dessa conversa, está Rodrigo Cunha (UB). Sempre que perguntado, a resposta de Cunha é sempre a mesma: “Irei bater na porta de qualquer presidente que seja eleito”. Por esta postura, o senador apanhou bastante - e até sofreu muita pressão interna e externa. “Tem que descer do muro”, diziam alguns analistas e figuras conhecidas da política.

Pois bem. Remando contra a maré, Rodrigo chegou a este 20 de setembro, exatos 12 dias das eleições, sem assumir publicamente seu presidenciável - e mesmo assim, é hoje o segundo colocado nas pesquisas, com as maiores chances de estar no segundo turno.

De um modo ou de outro, e ainda sem poder afirmar se esta postura acertou ou errou, Cunha está quebrando uma verdade inquestionável, de que só venceria esta eleição caso se “abraçasse” a algum presidenciável, o que não foi feito e provavelmente, até 02 de outubro, não será.

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