O deputado neogovernista Davi Maia (União), convertido ao grupo de Paulo Dantas e Marcelo Victor após sentir-se abandonado por Rodrigo Cunha, pode ter como destino mais alguns meses de mandato na ALE, sendo "puxado" pelo governo para a casa de Tavares Bastos.

Maia recebeu uma função importante durante a campanha eleitoral: viabilizar uma chapa pelo partido de Rodrigo Cunha - primeiro o PSDB, e depois o União Brasil, seguindo a mudança de última hora do senador. Na época, recebeu carta branca e a promessa de que teria todo apoio para a sua campanha e de seus pares.

Mas durante o duro processo, não foi bem assim. Além de ver minguar os recursos do rico União Brasil, Davi também teve que lidar com a ascensão do fenômeno Delegado Leonan, que tornou-se o mais votado da chapa. Lelo Maia e até o vereador Mesaque Padilha, turbinado pelos evangélicos de Coruripe, também acabaram passando o deputado, que ficou na primeira suplência.

Já no segundo turno, Maia apareceu no guia de Paulo Dantas, dando mais uma mostra de que o sistema é bruto, e a sobrevivência é necessária.

Agora alinhado com o Palácio República dos Palmares, Davi recebeu a promessa de que será agraciado pelo governo até o final do mês - ou seja, antes do início do ano legislativo. Chegou-se a ventilar seu nome no IMA (Instituto do Meio Ambiente de Alagoas), mas Gustavo Lopes acabou continuando no cargo.

Com isso, o foco do governo neste momento é a volta (ou continuidade) de Maia na ALE, pelo menos por mais um período de no mínimo quatro meses, até que os ventos possam indicar um caminho mais duradouro. Um dos três titulares do União Brasil será chamado ao Palácio para uma conversa nos próximos dias.

Como Leonan Pinheiro vem tomando uma postura oposicionista nos últimos tempos, o leque de opções se reduz a Lelo Maia ou Mesaque Padilha. Aguardemos.