Uma sessão para tratar da apreciação do orçamento de 2023 do município de Porto Real do Colégio, na região do Baixo São Francisco, terminou sem a aprovação da peça orçamentária e com muita confusão e bate-boca entre vereadores e populares. O fato ocorreu na noite desta terça-feira (07) na Câmara de Vereadores do município.

O prefeito Aldo Popular (MDB) tenta desde o fim de 2022 a aprovação do orçamento da cidade, mas encontra empecilhos na casa legislativa, onde a maioria dos vereadores está na oposição. A câmara não votou sequer a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi protocolada no mês de agosto do ano passado.

Neste período, a Câmara passou por processo eleitoral e elegeu um novo presidente, porém o poder no legislativo colegiense manteve-se nas mãos da oposição, que continuou a obstruir a tramitação da LDO e também da lei orçamentária anual (LOA), que foi protocolada no dia 7 de dezembro.

Nesta terça, finalmente a maioria dos vereadores conseguiu convocar uma sessão extraordinária para tratar do tema, no entanto o início dos trabalhos atrasou em mais de uma hora - deixando nervosa a população colegiense, que compareceu em grande número para acompanhar a apreciação da pauta pelos edis.

Após muita demora e pressão por parte dos presentes, o vereador e presidente da casa, Ricardo Alagoano (PP), abriu a sessão. Entretanto, logo após um desentendimento entre o próprio presidente e uma professora, a sessão foi cancelada sem apreciar as leis orçamentárias, causando revolta e muito bate-boca entre vereadores e a população.

“Nossa preocupação é com o andamento dos serviços públicos, é com obras, é com o Bolsa Real, é com o reajuste dos professores, é com a festa de Bom Jesus dos Navegantes, que gera emprego e renda e será cancelada por todo imbróglio. Enquanto eles visam maltratar o gestor, o nosso povo é quem está sofrendo”, disse Isabelita Enfermeira (Rep), uma das vereadoras da base do prefeito.

Ao final da conturbada sessão, os vereadores da oposição continuaram a bater boca com cidadãos colegienses na área externa da câmara. Três viaturas da PM que faziam a segurança do local tiveram que conduzir o presidente Ricardo Alagoano até a sua residência. Não há previsão para nova votação.

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