Blog do André Avlis
Mais de 1000 pessoas entraram sem pagar no jogo entre ASA e Goiás
Confronto teve o maior público da temporada
Estádio cheio e uma prática corriqueira.
Em campo, um excelente desempenho do time. Fora dele, uma linda festa torcida.
A atmosfera foi de alçapão. Um clima hostil - em sentido figurado - para o adversário e favorável para o ASA. Remetendo outros tempos em que o Coaracy vivia abarrotado e empurrava os jogadores em campo.
No entanto, nem tudo teve seu lado positivo.
Apesar de ter sido a partida com o maior público no ano, 5.525 espectadores, o número do público não pagante também foi considerável: 1.352 pessoas.
Foram vendidos 3.686 ingressos, 1.352 nas arquibancadas baixas e 119 no setor superior. Além de 420 sócios torcedores.
A renda total foi de R$ 86. 725,00. Já as despesas foram R$ 82.436,49. O ASA ficou com 40% da renda líquida (R$ 4.289,00), por ter sido eliminado. Uma quantia de R$ 1.715,80.
Vale lembrar que a diretoria manteve a promoção para o jogo. E a crítica está longe de ser para a direção.
Fazendo uma conta rápida, se as 1.352 pessoas pagassem seus bilhetes (no valor mínimo de R$ 25), a renda aumentaria em R$ 33.800,00. Um número e um valor extremamente considerável.
Os 'não pagantes' correspondem à cortesias e a famosa e famigerada carteirada.
O primeiro, todo clube tem a prerrogativa e o direito de oferecer para quem achar que mereça. Já o segundo é um dos maiores escárnios praticados.
Se tornou um assunto repetitivo por aqui. E continuará sendo.
Será sempre criticável e repreensível. Pois prejudica, principalmente, o clube. Além disso, é fazer de chacota o torcedor que paga seu ingresso todo jogo. Até porque a maioria tem condições de pagar pelo bilhete.
Infelizmente não foi a primeira e nem a última vez que isso acontece. É de certa forma incontrolável. Apesar de eu achar que é válido a criação de um mecanismo para tentar coibir e moderar tal prática.
No fim, o prejuízo fica para o ASA. De novo. E novamente.