O que deveria ser um encontro de representantes do poder legislativo para discutir temas relacionados à cidade está se transformando em um embate cada vez mais tenso. Reunidos na sessão da última quinta-feira (13), vereadores de Arapiraca quase chegaram às vias de fato durante discussão ocorrida no plenário da casa.

O tumulto começou durante o discurso do vereador Zé Carlinhos (PSC), quando este afirmou que a mudança de bancada do vereador Fabiano Leão (PSDB) teria ocorrido por chantagem do prefeito Luciano Barbosa (MDB), que havia embargado uma obra de seu pai, o ex-deputado estadual Demuriez Leão.

Ainda durante o discurso, Zé Carlinhos agrediu verbalmente o vereador Vicente do Remédio (PSL), a quem acusou de ser “pau mandado” de Luciano Barbosa.

“Porque essa verdadeira tropa de choque, onde ele faz a troca com alguns vereadores, como fez com meu amigo Fabiano Leão, que embargou uma obra do pai dele para fazer com que ele fosse para a base dele. A gente foi eleito pra trabalhar por Arapiraca, não foi pra representar prefeito em troca de cargos e de emprego. E digo a você também Vicente. Não olhe pra mim com cara feia que não tenho medo”, disse o vereador na tribuna da Casa de Herbene Melo.

Neste momento, Vicente responde que “é feio mesmo”, ao que Carlinhos responde que ele é “pau mandado”.

Logo após o encerramento do expediente, o vereador Fabiano Leão levanta-se de sua posição e segue em direção a Zé Carlinhos, mas é contido pelo vereador Alisson da Tim (Rep). Os dois seguem em direção à sala restrita de reuniões, enquanto Carlinhos segue gritando para Fabiano.

“Vá bater no Antonio Albuquerque! Me respeite!”, diz o vereador.

Neste momento, em movimento não capturado pela câmera, Leão chama Zé Carlinhos para a mesma salinha, que responde: “Vou rapaz! eu vou! (seguro pelo vereador Thiago ML) moleque, rapaz!”, diz.

A discussão se deu em torno do projeto de lei protocolado pela base do prefeito, que pretende pedir uma suplementação ao orçamento do município da ordem de 20%, o que segundo a mesa diretora resulta em valores em torno de 200 milhões de reais para o executivo, além dos cerca de 1 bilhão já aprovados.