As movimentações políticas seguem em velocidade acelerada entre os vereadores na Câmara de Arapiraca. Uma vez pacificada a ideia de que haverá um novo processo eleitoral na próxima sexta-feira (19), que vai definir o novo presidente da casa, parlamentares agora correm para definir os detalhes da escolha.

Numa fotografia do momento, a base do prefeito Luciano Barbosa tem a maioria da casa com 12 nomes, o que pode fazer com que o próximo presidente saia deste grupo. Porém, a matemática política não é exatamente uma ciência exata, o que mantém Barbosa de olhos abertos e orelhas em pé em relação ao processo.

Isto porque, ainda nesta terça-feira, espalhou-se a informação de que o vereador Márcio Marques (Republicanos), cerca de duas semanas após anunciar a adesão ao grupo governista, já está de volta ao grupo do vereador Thiago ML (Pros), em oposição ao prefeito.

Sem Marques, agora a base de Barbosa tem 11 vereadores, enquanto a oposição soma 8 edis.

Mesmo com essa defecção, a maioria para o candidato governista estaria garantida, não fosse um fato que causou estranheza aos presentes na sessão desta terça: Fabiano Leão (PSDB), outro ex-oposicionista que está com o prefeito, não apareceu no plenário num momento onde a orientação era de que toda base governista estivesse presente.

A ausência de Leão, embora justificada (as ausências sempre são), leva a crer que o vereador também pode estar negociando espaços com a oposição a Luciano Barbosa, o que elevaria este grupo a 9 vereadores, contra 10 da situação.

Dessa forma, a oposição estaria a apenas um nome de exercer a ‘virada’ sobre a bancada barbosista e levar mais uma vez as eleições. Para alcançar este número, oposicionistas abriram diálogo com alguns nomes, e as articulações seguem até a próxima sexta.

Há ainda um último aspecto que não deve ser desconsiderado: em outra frente de atuação, Thiago ML impetrou dois pedidos de reconsideração da anulação de seu mandato como presidente no STF, com solicitação de urgência.

Ou seja, há ainda a possibilidade de uma decisão do supremo adiar ou até mesmo cancelar a eleição.