Sempre lembrado quando o assunto é eleição municipal em Maceió, o vice-governador Ronaldo Lessa (PDT) afirmou que “não é o projeto da sua vida” concorrer mais uma vez ao executivo da capital, mas deu uma justificativa bem objetiva para isso: pretende ser governador do estado em 2026, caso Paulo Dantas (MDB) renuncie para concorrer a outro cargo.

Ronaldo foi o entrevistado desta quinta-feira (10) no programa Na Mira da Notícia, noticiário do Grupo 7 Segundos de Comunicação, em parceria com a Rádio Gazeta FM Arapiraca. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 18 às 19 horas.

Liderança do PDT alagoano onde milita há 18 anos, Lessa disse ainda que sua legenda pretende lançar de 20 a 30 prefeitos em todo o estado - agindo como uma frente, em parceria com o PSB que agora é da base. Ronaldo também fez críticas à gestão do INSS sob o governo Bolsonaro, que segundo ele sucateou o órgão.

Lessa não negou, mas afastou a possibilidade de buscar a candidatura à prefeitura de Maceió. “Tudo na vida, sobretudo na política, pode acontecer. Mas não é um projeto nosso, na minha cabeça não passa. A ideia é que a gente possa trabalhar a renovação, não é o projeto da minha vida”, disse.

Ele completou revelando pela primeira vez que pretende aguardar 2026, quando Paulo Dantas pode renunciar ao cargo. “O governador é um jovem, que vai ser candidato quando terminar o governo dele, e pra isso ele tem que se afastar por nove meses. Já dei a minha cota, tanto como vice quanto como prefeito. Vou dar sequência ao lado do Paulo e quando ele se afastar eu assumo o governo, mesmo que seja por nove meses”, revelou.

“E vai para a reeleição? Porque quando se assume o governo, a ideia é ir para a reeleição”, questionou o âncora do programa, jornalista Luciano Amorim. “Ou vai pra reeleição ou não vai pra nada”, respondeu o vice-governador, entre risos.

Sobre as demais cidades alagoanas, Lessa afirmou que o PDT pretende participar do processo elegendo prefeitos, vices e vereadores. “Temos trabalhado muito. Claro que a vitória que tivemos nas urnas amplia [nosso espaço] não só do PDT mas também do PSB, partido ao qual fiquei por 20 anos. Temos trabalhado no estado ao todo como uma frente. A possibilidade é de termos entre 20 e 30 candidatos a prefeito, com chances de fazer vice-prefeitos e vereadores”, disse.

O vice-governador revelou ainda que pretende revitalizar o atendimento do INSS em Alagoas, órgão ao qual o PDT fez a indicação em Alagoas. “Foi um absurdo o que foi feito. Elas não estão fechadas completamente, tem unidade que tem o gerente e um ou dois funcionários e o vigilante. Estou acompanhando, tomando pé das coisas. Fizemos uma reunião com o Marcos Wanderley, que é o superintendente do estado”, disse.

“O problema é que as mudanças foram absurdas. O nordeste todo é centralizado em Recife. Não houve reposição de pessoal, não teve manutenção devida nem no prédio principal. Mas agora com o [Carlos] Lupi no ministério, isso vai mudar, já está mudando”, completou.