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Fábio Costa diz que continua independente, apesar do seu partido costurar aliança com Lula

Parlamentar admite também que CPI do MST sofreu “grave revés” com mudança de membros após manobra governista

15/08/2023 12h12 - Atualizado em 15/08/2023 12h12
Fábio Costa diz que continua independente, apesar do seu partido costurar aliança com Lula

Apesar da nova configuração da base de apoio do governo Lula, que inclui o seu partido (PP) num ministério, o deputado federal Fábio Costa afirmou que não irá compor o grupo político da situação e permanecerá independente. Costa disse ainda que a CPI do MST, da qual é vice-presidente, sofreu “um grande revés” com a troca de membros pelo governo, mas que faz um grande trabalho.

As declarações do deputado foram dadas ao programa Na Mira da Notícia, noticiário diário do Grupo 7 Segundos de Comunicação em parceria com a rádio Gazeta FM Arapiraca. O jornal vai ao ar de segunda a sexta, das 18 às 19 horas.

O deputado disse que mesmo com um grande volume de emendas destinadas aos deputados não mudou de posição, e continuará dessa forma. “Já provei minha independência e minha lealdade aos princípios que defendo. Houve votações em que houve milhões de reais em emendas oferecidas aos parlamentares que votassem por exemplo na reforma tributária, e nós não aceitamos esse caminho ‘mais fácil’. Por isso meu posicionamento é o mesmo, com total independência, independente dos caminhos que o partido vai seguir”, afirmou.

Fábio disse ainda que a interferência do governo na CPI do MST é um fato grave, mas que os trabalhos vão permanecer e que a comissão faz um grande trabalho pelo país. “A CPI tem feito um grande trabalho, tem mostrado resultados. Temos demonstrado que a causa final desses movimentos não é a reforma agrária. É muito grave, a CPI é um instrumento da minoria, mas infelizmente com o poder dos ministérios e das emendas, a CPI acabou sofrendo esse grave revés”, afirmou.

O deputado disse que o governo ‘comprou’ a troca de parlamentares na comissão, com medo dos resultados dela. “Parece que não se aplica aquela máxima, quem não deve, não teme. Não há porque o governo forçar, praticamente comprar as lideranças políticas para tirar esses parlamentares da comissão”, expressou.

Visita da CPI a AL

Durante as vistorias da CPI em Alagoas, a comissão de deputados se reuniu com o presidente do Iteral, Jaime Silva, que foi acusado de financiar o movimento com recursos públicos. “O presidente do Iteral estava pagando para que o MST se deslocasse dos assentamentos para os locais de manifestação. Sempre se cogitou quem estava por trás, quem dava suporte a esses manifestantes”, disse.

“Descobrimos e comprovamos através de documentos que o Iteral pagou 6 milhões de reais somente para ônibus. Além disso, comprovamos que o Iteral estava pagando lona para que os manifestantes ficassem muito tempo lá [nas praças]”, completou o deputado.

Segundo Fábio Costa, a conclusão dos parlamentares que visitaram os assentamentos do MST é que trabalhadores do movimento são utilizados como ‘massa de manobra’ de políticos de mandato, citando inclusive os nomes do deputado Paulão (PT) e Ronaldo Medeiros (PT).

“Os líderes do movimento, com apoio do governo, utilizam essas pessoas somente para no momento da eleição usar a esperança dessas pessoas em um pedaço de terra para que continue votando nessas pessoas. Tem deputado que está aí há seis, sete mandatos, e no acampamento tava lá o adesivo. De Paulão, de Ronaldo Medeiros, num barraco precário”, enfatizou.

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