Pela segunda rodada no Grupo G, Alemanha e Gana se enfrentam na Arena Castelão, em Fortaleza, neste sábado, às 16 horas. Os alemães entram como favoritos após a goleada de 4 a 0 sobre Portugal, enquanto os ganeses buscam seus primeiros pontos depois de perder na estreia para os Estados Unidos.

A seleção da Alemanha entra em campo com muita moral após um vitória com muita autoridade sobre a seleção do Bola de Ouro Cristiano Ronaldo.

A base da equipe deve ser mantida, com a única alteração sendo a entrada do jovem zagueiro Matthias Ginter, do Freiburg, no lugar de Mats Hummels, que deixou o campo lesionado e ainda ontem não havia treinado normalmente com o time. Mesmo recuperado, o meia Bastian Schweinsteiger deve seguir no campo após a boa atuação da dupla Lahm-Khedira.

Ao contrário dos germânicos, a seleção ganesa mudar bastante em relação à que enfrentou os norte-americanos. Jordan Ayew, que havia sido testado no meio-campo no lugar de Kevin-Prince Boateng, deve voltar ao banco de reservas e dar lugar para o jogador do Schalke 04.

Além disso, também no meio, mas mais próximo à defesa, Mohammed Rabiu deve sair para a entrada de Michael Essien, ex-Chelsea, que começou no banco mas foi muito bem na partida de estreia.

Falando em Boateng, a partida marca o reencontro dos irmãos Kevin-Prince e Jérome, que joga pela seleção alemã. Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, as seleções também se enfrentaram em um choque familiar na fase de grupos, vencido pelo lado de Jérome, por 1 a 0, com um gol de Mesut Özil.

Justamente o autor do gol solitário do encontro na última Copa deve ser o principal articulador alemão neste duelo. Özil é o mais habilidoso de um ataque formado por quatro jogadores inteligentes e com liberdade movimentações bastante variadas.

Assim, o meia do Arsenal deve revezar entre a posição de origem, no centro, e as laterais, ocupadas a princípio por Kroos na direita e Gözte na esquerda, conforme os espaços forem se revelando entre a defesa ganesa. Como o centro-avante Müller também deve sair para buscar a no meio-campo em alguns momentos, eventualmente o próprio Özil ocupará a posição de finalizador, dentro da área adversária.

A entrada de Boateng em Gana acontece por duas razões. A primeira é fortalecer a marcação aos médios alemães; a segunda é dar mais velocidade aos contra-ataques e mais poder de fogo na intermediária ofensiva ganesa.

O time de Akwasi Appiah deve jogar mais instalado em seu campo de defesa, e o meia do Schalke tem a função de transformar em gols as oportunidades de seu time – que não devem ser muitas - tanto na base da corrida como nos chutes de longa distância.

Lukas Podolski é um dos atacantes que mais se diferencia dos demais no elenco alemão. Sem um toque de bola tão bom quanto Götze ou Özil e a visão de jogo de Toni Kroos, o jogador dos Gunners tem uma excelente finalização de dentro ou fora da área e também é um dos melhores do time no jogo aéreo.

Com sua entrada, o equilíbro do ataque alemão se desloca para o lado esquerdo, onde tende a fixar-se, abrindo um corredor para os cruzamentos na lateral oposta.

Jordan Ayew perdeu a vaga para Boateng em uma partida que exigirá maior atenção defensiva de Gana. Porém, é quase certo que entrará no segundo tempo, quando o cansaço é mais forte e um maior cuidado com a posse de bola é exigido dos times.

Não é tão bom finalizador quanto Boateng, mas tem boa movimentação e um passe capaz de achar um companheiro livre no campo de ataque a qualquer momento.

Sandro Meira Ricci vai para o seu segundo joga logo na sua estreia em Copa do Mundo com o crédito de ter usado pela primeira vez – e de maneira eficiente, vale dizer - a tecnologia para detectar se a bola realmente cruzou a linha do gol, na partida entre França e Honduras.

Em uma partida muito violenta, marcou corretamente um pênalti para a França e aplicou com justiça o segundo amarelo ao capitão hondurenho Wilson Palacios – punição que serviu de aviso para todo o time, que abusava das entradas fortes desde o primeiro lance do jogo.