Futebol

Johan Cruyff morre aos 68 anos após luta contra câncer

Por 7 Segundos com UOL Esporte 24/03/2016 10h10

O ídolo holandês Johan Cruyff morreu nesta quinta-feira. Ele tinha 68 anos e lutava contra um câncer de pulmão. A doença havia sido diagnosticada em outubro de 2015.

"Em 24 de março de 2016, Johan Cruyff (68) morreu pacificamente em Barcelona, cercado de sua família após uma dura batalha contra um câncer. É com grande tristeza que pedimos que você respeite a privacidade da família durante este tempo de pesar", registrou o comunicado oficial no site do ex-jogador.

Cruyff fumou durante boa parte da vida, mas abandonou o cigarro há 25 anos após ter passado por problemas cardíacos. Na época, ele chegou a passar por uma cirurgia.

Considerado um dos maiores jogadores da história do futebol europeu, Cruyff ficou famoso por ter apresentando um futebol revolucionário, pois unia habilidade, grande conhecimento tático e técnico. Comandou a seleção holandesa na Copa de 1974, sendo um dos protagonistas do time que ficou conhecido como "Laranja Mecânica", que tinha uma estrutura tática inovadora e ficou com o vice-campeonato mundial.

Era uma seleção com fortíssimo senso coletivo; jogadores não guardavam posições e se destacavam pela técnica. Antes de se destacar na seleção da Holanda, Cruyff já fazia sucesso pelo Ajax. O ex-jogador também vestiu a camisa do Barcelona. Ele ainda disputou o Mundial de 1978.

Depois de se aposentar, Cruyff se tornou técnico e fez um trabalho de sucesso pelo Barcelona, com o tetracampeonato espanhol entre 1990 e 1994. Ele também levou o clube da Catalunha ao título inédito da Liga dos Campeões, em 1992.

O holandês foi um fumante inveterado. O vício começou ainda como jogador. Cruyff não escondia o prazer pelo cigarro e não se importava com as consequências negativas que isso poderia acarretar na carreira.

Apesar de sempre criticar a seleção brasileira durante as Copas, Cruyff sempre se mostrou um fã do futebol praticado por aqui devido à qualidade apresentada pelos brasileiros.

Em uma oportunidade, ao ser questionado sobre quem foi o melhor jogador com quem trabalhou, o holandês citou Romário. Os dois trabalharam juntos no Barcelona.