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CBF fatura mais do que todos os clubes brasileiros: R$ 647 milhões em 2016,

Por Claudio Barbosa com Globoesporte.com 18/04/2017 17h05
CBF fatura mais do que todos os clubes brasileiros: R$ 647 milhões em 2016,
Sede da CBF - Foto: Agência Brasil

A CBF fechou 2016 com um faturamento de R$ 647 milhões, segundo relatório apresentado nesta terça-feira em assembleia-geral da entidade. O valor é o maior da história e é muito mais alto do que o registrado pelos clubes de maior receita no país. O Flamengo, por exemplo, faturou R$ 510 milhões, contra R$ 497 milhões do Palmeiras.

A CBF ainda não divulgou o documento completo com os números, mesmo após aprovação unânime na assembleia desta terça-feira. Os dados foram fornecidos pelo secretário-geral, Walter Feldman. A entidade promete torná-lo público após o registro da ata da reunião e o cumprimento de todos os detalhes burocráticos.

Apesar de ter aumentado seu faturamento, que em 2016 foi de R$ 519 milhões, a CBF lucrou menos. O superávit da entidade no ano passado foi de R$ 44 milhões, contra R$ 72 milhões em 2015. Segundo a entidade, o que explica a queda no lucro é a variação cambial. O balanço registra perdas de R$ 39 mihões no item. Os contratos de patrocínios e ganhos da seleção brasileira são em dólar.

A maior parte do dinheiro que entra nos cofres da CBF vem dos patrocínios com a seleção brasileira. Apesar de ter perdido parceiros em 2016, a entidade fez contratos com valores maiores. O ganho nesse quesito foi de R$ 411 milhões, contra R$ 339 milhões de 2015. As receitas com direitos de transmissão também aumentaram: R$ 117 milhões em 2016, contra R$ 112 no balanço anterior. Completam o faturamento ganhos com taxas de registro, licenças, e outros itens.

Investimento em futebol aumenta

Além da variação cambial, outro fator explica o fato de a CBF ter tido um lucro menor mesmo com faturamento maior. Em 2016, a entidade dobrou o investimento em futebol. O item agrupa os gastos com seleções (seleção principal, seleções de base e feminina) e os repasses para as federações, o qual a CBF chama de "fomento ao futebol".

Foram gastos R$ 288 milhões em futebol em investimentos diretos, contra R$ 226 milhões no balanço anterior. Se somadas as despesas indiretas, que incluem gastos com funcionários que atuam no setor, o valor chega a R$ 488mi. Os gastos com tributos e impostos foram de R$ 104 milhões.