Brasil
China e África do Sul suspendem importações de carne brasileira
Eles pedem mais esclarecimentos sobre o agente causador do mal da vaca louca
13/12/2012 18h06
Os governos da China e da África do Sul decidiram suspender as importações de carne bovina brasileira.O Ministério da Agricultura confirmou ter recebido nesta quinta-feira (13) notificações oficiais dos dois países sobre o assunto.
Os documentos alertam o governo brasileiro sobre o embargo temporário à carne bovina do país e pedem mais esclarecimentos sobre a identificação do agente causador do mal da vaca louca num animal morto no Paraná em dezembro de 2010.
O episódio, anunciado pelo governo brasileiro na sexta-feira (7), já provocou a suspensão de importação de carne bovina do país pelo Japão.
Por enquanto, o impacto das restrições é reduzido, já que os três países têm pouco peso na pauta de exportação de carne bovina brasileira.
De janeiro a outubro, a África do Sul comprou 293 toneladas do produto. O Japão, 1,3 mil toneladas e a China, 10,1 mil toneladas. Juntos, os três países representam 1,2% das exportações brasileiras de carne bovina.
A decisão dos três países, no entanto, aumenta a pressão sobre o governo brasileiro, diante da possibilidade de um efeito cascata que atinja países com peso mais expressivo na pauta de exportações do produto.
A Rússia, principal comprador da carne brasileira, e o Irã também ameaçam barrar a entrada do produto.
Os pecuaristas venezuelanos também querem a suspensão temporária da importação de carne bovina congelada e de animais vivos do Brasil até que os governos brasileiro e venezuelano apresentem estudo de risco de contaminação pelo mal da vaca louca.
A Venezuela é quarto maior destino da carne bovina brasileira no exterior.
PRIMEIRA VEZ
Foi a primeira vez que o Brasil registrou a presença do agente causador do mal da vaca louca. A OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) decidiu, contudo, manter a classificação do país como de risco insignificante para a doença.
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura José Carlos Vaz minimizou os embargos temporários à carne brasileira.
"É natural que, ao tomar conhecimento do caso, as autoridades de cada país reajam com cautela. Mas todos estão recebendo informações e visitas do corpo técnico do ministério", afirmou.
Ele reforçou que o Brasil não possui a doença. O caso foi considerado "não clássico", já que o animal não morreu em decorrência do mal da vaca louca. A principal hipótese é que se trate de uma mutação "espontânea".
Por conta disso, o consumidor brasileiro não corre o risco de contaminação pelo mal da vaca louca ao ingerir carne bovina, garantem o Ministério da Agricultura e os produtores.
Todos os animais da propriedade envolvida no episódio foram mortos e todos os exames feitos nos últimos anos deram negativo para a vaca louca.
"Os rebanhos brasileiros são de qualidade e o sistema de defesa eficiente", reforçou Vaz.
ENTENDA
A encefalite espongiforme bovina, nome científico do mal da vaca louca, foi identificada pela primeira vez no Reino Unido, em 1985.
A doença provoca a degeneração do sistema nervoso central e se caracteriza pela aparição de sintomas de nervosismo nos bovinos, que os leva invariavelmente à morte em um período que pode variar de um a seis meses.
A doença preocupa as autoridades porque pode ser transmitida para humanos e provocar perda da função motora e morte.
Nos humanos, a versão da encefalite espongiforme bovina leva o nome de mal de Creutzfeldt-Jakob.
Os documentos alertam o governo brasileiro sobre o embargo temporário à carne bovina do país e pedem mais esclarecimentos sobre a identificação do agente causador do mal da vaca louca num animal morto no Paraná em dezembro de 2010.
O episódio, anunciado pelo governo brasileiro na sexta-feira (7), já provocou a suspensão de importação de carne bovina do país pelo Japão.
Por enquanto, o impacto das restrições é reduzido, já que os três países têm pouco peso na pauta de exportação de carne bovina brasileira.
De janeiro a outubro, a África do Sul comprou 293 toneladas do produto. O Japão, 1,3 mil toneladas e a China, 10,1 mil toneladas. Juntos, os três países representam 1,2% das exportações brasileiras de carne bovina.
A decisão dos três países, no entanto, aumenta a pressão sobre o governo brasileiro, diante da possibilidade de um efeito cascata que atinja países com peso mais expressivo na pauta de exportações do produto.
A Rússia, principal comprador da carne brasileira, e o Irã também ameaçam barrar a entrada do produto.
Os pecuaristas venezuelanos também querem a suspensão temporária da importação de carne bovina congelada e de animais vivos do Brasil até que os governos brasileiro e venezuelano apresentem estudo de risco de contaminação pelo mal da vaca louca.
A Venezuela é quarto maior destino da carne bovina brasileira no exterior.
PRIMEIRA VEZ
Foi a primeira vez que o Brasil registrou a presença do agente causador do mal da vaca louca. A OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) decidiu, contudo, manter a classificação do país como de risco insignificante para a doença.
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura José Carlos Vaz minimizou os embargos temporários à carne brasileira.
"É natural que, ao tomar conhecimento do caso, as autoridades de cada país reajam com cautela. Mas todos estão recebendo informações e visitas do corpo técnico do ministério", afirmou.
Ele reforçou que o Brasil não possui a doença. O caso foi considerado "não clássico", já que o animal não morreu em decorrência do mal da vaca louca. A principal hipótese é que se trate de uma mutação "espontânea".
Por conta disso, o consumidor brasileiro não corre o risco de contaminação pelo mal da vaca louca ao ingerir carne bovina, garantem o Ministério da Agricultura e os produtores.
Todos os animais da propriedade envolvida no episódio foram mortos e todos os exames feitos nos últimos anos deram negativo para a vaca louca.
"Os rebanhos brasileiros são de qualidade e o sistema de defesa eficiente", reforçou Vaz.
ENTENDA
A encefalite espongiforme bovina, nome científico do mal da vaca louca, foi identificada pela primeira vez no Reino Unido, em 1985.
A doença provoca a degeneração do sistema nervoso central e se caracteriza pela aparição de sintomas de nervosismo nos bovinos, que os leva invariavelmente à morte em um período que pode variar de um a seis meses.
A doença preocupa as autoridades porque pode ser transmitida para humanos e provocar perda da função motora e morte.
Nos humanos, a versão da encefalite espongiforme bovina leva o nome de mal de Creutzfeldt-Jakob.
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