Alagoas

Unicef lança livro sobre a redução da mortalidade infantil em AL

Publicação foi escrita pelo jornalista Inácio França 

19/12/2012 17h05
Unicef lança livro sobre a redução da mortalidade infantil em AL
O escritório Regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançará nesta quinta-feira (20), no Palácio República dos Palmares, o livro Avanços e Desafios – A Redução da Mortalidade Infantil em Alagoas, trabalho do jornalista pernambucano Inácio França. O evento ocorrerá às 10 horas e contará com a presença do governador Teotonio Vilela e de representantes de vários municípios do Estado que, na ocasião, receberão ainda o Selo Unicef, documento que certifica as políticas públicas municipais voltadas para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes.

A publicação do livro é resultado do trabalho de investigação feito pelo jornalista contratado pelo Unicef, detalhado com as diversas visitas feitas aos municípios alagoanos, do Litoral ao Sertão, durante três meses no ano de 2011. O livro traz as coletas de informações em maternidades, com gestores, funcionários de postos de saúde, gestantes e mães de vítimas da mortalidade infantil, com foco na rede montada pelo Governo e os municípios para a diminuição da mortalidade infantil no Estado, que, ao longo de décadas, era historicamente uma das maiores do País.

“Como os números mais recentes já atestam por meio de divulgação em algumas fontes estatísticas, os alagoanos não precisam mais se lamentar por serem os piores do Brasil nesse assunto e, dessa forma, cultuar a baixa estima. O Estado já pode até ser referência neste trabalho de montagem de uma rede de assistência às mães e aos bebês para regiões como a Amazônia, Rondônia e o Maranhão, por exemplo, lugares onde o problema continua mais complicado”, atesta o jornalista, que recentemente visitou esses Estados.

No livro, França traz à tona o trabalho fundamental de equipamentos como as UTIs neonatais, capacitação dos profissionais e a vigilância nos óbitos infantis. “Observei uma grande preocupação nesse sentido”, completa.

Apuração isenta - “Uma coisa que destaco também neste trabalho foi a total liberdade que tive para conhecer e apurar as coisas que funcionam e as que ainda estão precárias dentro da rede montada pelo Governo e pelas prefeituras para atacar as causas da mortalidade infantil em Alagoas. Em nenhum momento fui impedido pelos gestores de ter acesso aos locais”, ressaltou França.

O jornalista ressaltou neste trabalho o funcionamento da Rede de Atenção Básica montada pelo Governo de Alagoas com a divisão do Estado em 10 regiões para dar a assistência necessária às gestantes e seus filhos, em parceria com o Ministério da Saúde, intitulado de Rede Cegonha. Trata-se de um conjunto de medidas para garantir a todas as mães alagoanas, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê.

“É uma ação significativa para um Estado que, historicamente, manteve os mais altos índices da mortalidade infantil. Pude sentir que, apesar de todas as dificuldades, existe um esforço, uma interação que tem feito toda a diferença. É um toque de humanização que tomou conta de todos os personagens envolvidos e que poderá ser sentido no livro”, destaca o jornalista, ao acrescentar que a publicação deverá ter aproximadamente 3 mil exemplares.

Outras ações - Junto com o Programa Viva Vida, o Governo do Estado implantou, desde 2009, diversas ações que incluem programas na atenção básica à gestante em vulnerabilidade social, com a finalidade de reduzir os altos índices de mortalidade infantil. Entre os programas executados pelo Governo de Alagoas, além da Rede Cegonha, destaque para projetos como o Cestas Nutricionais, que abrange os 102 municípios do Estado e dispõe de 14 itens fundamentais, visando à segurança alimentar da criança e da mãe desde o pré-natal até o bebê atingir um ano de vida. Há também o Samu Neonatal, bancos de leite materno e os cartórios em maternidades para combater o sub-registro.