Alagoas
Roberto Cabrine mostra meninos que vivem acorrentados em Alagoas por causa do tráfico
Em entrevista, traficante conta como alicia e elimina os adversários <br />
29/04/2013 06h06
Por Redação com SBT
A corrente, que simboliza o descaso e o abandono, e que separa os meninos do mundo livre começa a ser desvendada a partir de agora. A reportagem expõe as marcas de uma epidemia social. Os muitos ângulos do cárcere privado com suas causas e consequências. Expressão máxima da ausência do Estado.
Em apresentação especial do Conexão Repórter neste domingo (28), Roberto Cabrini revelou a inquietante história dos meninos que vivem acorrentados em suas próprias casas em Alagoas. Cabrini mostrou a realidade vivida por maceioenses que vivem na miséria. Uma realidade na qual o tráfico alimenta e conduz vários menores para o crime. Após três meses de investigação, a reportagem mostra como jovens são mantidos como prisioneiros em suas casas. E as mãos que acorrentam são das próprias mães deles. O bairro desse cenário é o Benedito Bentes e o conjunto cidade Sorriso.
Por trás de tudo, uma tentativa desesperada de afastar os menores do colossal poder do tráfico de drogas e seus chefões, em uma importante capital brasileira. Roberto consegue uma entrevista exclusiva com um dos traficantes que age na comunidade. O acusado veste uma camisa de torcida organizada do CRB e, com um revólver na mão, contou ao jornalista como alicia os menores para o tráfico, e como elimina os devedores e os “caboetas”, pessoas que entregam ou passam informações para a polícia.
Durante a matéria, imagens arrebatadoras. Depoimentos chocantes, contundentes. Em uma entrevista desafiadora, o chefe do tráfico confessa como alicia, recruta e comanda um exército de garotos para perpetuar a indústria das drogas. Os que não obedecem, muitas vezes, pagam um alto preço em um universo onde as armas dos bandidos substituem a lei e o Estado.
Imagens capturadas pela equipe do Conexão Repórter mostram como a droga chega aos pontos turísticos da capital alagoana, sendo comercializada nas praias turísticas em meio aos grandes prédios residências da capital alagoana. Menores comercializam durante todas as noites em várias bocas mantidas por traficantes.
A corrente, que simboliza o descaso e o abandono, e que separa os meninos do mundo livre começa a ser desvendada a partir de agora. A reportagem expõe as marcas de uma epidemia social. Os muitos ângulos do cárcere privado com suas causas e consequências. Expressão máxima da ausência do Estado.
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