Região Metropolitana do Agreste

Policial militar é suspeito de participar de assassinato durante cavalgada em Palmeira

Por Redação 07/02/2014 15h03
Policial militar é suspeito de participar de assassinato durante cavalgada em Palmeira
Donizete foi morto com vários disparos - Foto: Todo Segundo/Cortesia

Um policial militar está detido desde o início do mês de fevereiro sob a suspeita de participar da morte do mototaxista Donizete da Costa, 39 anos, em Palmeira dos Índios, no último sábado (1). O Cabo Almir Antônio de Araújo estava no local no momento do assassinato, mas de acordo com o comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Bispo, em entrevista ao programa Comando Geral, da rádio Novo Nordeste, nesta sexta-feira (7), os outros envolvidos no crime inocentam o agente.

Durante a cavalgada de Nossa Senhora do Bom Conselho, que passava por Palmeira com destino a Arapiraca, os policiais do 3º Batalhão da Polícia Militar - que realizam a escolta dos participantes do evento - , ouviram estampidos e foram averiguar o ocorrido. De acordo com o coronel Bispo, quando eles chegaram no bairro Vila Maria, encontraram quatro homens próximos a um Gol de cor prata; dois deles apontavam as armas contra o mototaxista. “Foi dado ordem de prisão, mas os dois revidaram contra os policiais. Estes também atiraram”, afirmou.

Com o tiroteio, o motorista do Gol, identificado como Anízio Lourenzo de Carvalho Neto, foi atingido e acabou morrendo no Hospital Regional da cidade. Três suspeitos foram presos. “Dentre eles um policial conhecido nosso, o Cabo Almir, que foi autuado em flagrante com os outros dois”, explicou o comandante.

De acordo com o coronel Bispo, o Cabo Almir nega todo o envolvimento. “Ele disse que vinha com um mototaxista e no trajeto avistou o amigo Anízio, motorista do Gol, e se aproximou para falar com ele. Quando parou, começou o tiroteio, ele puxou a arma também para garantir a sua integridade física; acabou desnorteado no meio da troca de tiros”, disse. “Segundo ele, estava próximo do carro e foi confundido pelos policiais do 3º Batalhão que estavam de serviço, por estar na cena do crime”, acrescentou o comandante.

“Quero deixar claro que os dois presos que estão na delegacia inocentam veementemente o Almir; segundo eles, isso está nos autos de prisão, dizem que nunca viram o Cabo Almir e que ele não participou do episódio delituoso”, destacou Bispo. Os outros dois suspeitos, que não tiveram os nomes divulgados, estão detidos na Delegacia de Polícia Civil de Palmeira dos Índios.

No local do crime e no Gol, a polícia encontrou dois revólveres, uma pistola, 18 munições, um canivete e uma quantia de R$ 852,00.

Os três suspeitos responderão penalmente na Justiça comum. Além disso, também deve ser instaurado um procedimento administrativo contra o Cabo Almir, que está detido na sede do 10º Batalhão.