Agreste

Arapiraquenses não respeitam lei que proíbe uso de celular

Por Kamylla Lima 07/05/2014 09h09
Arapiraquenses não respeitam lei que proíbe uso de celular
- Foto: 7Segundos

A modalidade do crime conhecido como “saidinha de banco” acontece quando o cliente é assaltado logo após sair da agência. Para coibir este tipo de ação, foi instituída uma lei municipal que proíbe o uso de aparelhos celulares dentro do banco. A regra é válida desde 2011, mas ainda é possível ver muito gente, três anos depois, transgredindo a lei.

De acordo com o artigo 1ª da Lei Orgânica Municipal 27.27/2011, fica proibida a utilização de telefone móvel no interior das agências bancárias, sob pena de apreensão imediata do aparelho pelo responsável da agência. O 7Segundos foi conferir de perto se a legislação estava sendo cumprida, mas o que se viu foram muitas irregularidades. Em um banco localizado no Centro, clientes falavam tranquilamente ao celular sem ser abordados pelos fiscais da agência.

A lei foi criada com o intuito de reduzir os casos de saidinha de banco. Este ano, três pessoas foram vítimas do crime, no Centro da cidade. Em todos os casos, os assaltantes seguiram as vítimas logo após elas saírem da agência, sempre amparados por um comparsa. Para a Polícia Civil, o uso do aparelho celular colabora para facilitar a realização do crime.

Para o vendedor Anderson Araújo, 30 anos, o perigo é constante em todos os lugares. “Não precisa nem fazer uma ligação, o bandido pode mandar uma SMS ou até mesmo usar oWhatsApp para passar informações das pessoas que estão na agência”, disse. Apesar do perigo, ele revela que – mesmo com a legislação em vigor – nunca deixou de usar o celular dentro do banco. “Cansei de atender telefone ao lado do vigilante. Eu sei que têm os avisos e tudo o mais, mas é uma questão de necessidade”, acrescentou.

O gerente de uma agência Bancária da cidade, cuja identidade prefere não revelar por questões de segurança, a lei é respeitada no estabelecimento que coordena. Segundo ele, Em alguns casos clientes são flagrados usando o aparelho, mas os seguranças são orientados a abordar os clientes e solicitar o fim da ligação. O gerente disse, ainda, que clientes desavisados até reclamam, mas o número de saidinhas bancárias tem reduzido.

Além da proibição do uso de celulares, a lei também recomenda que as agências instalem cabines de proteção nos caixas eletrônicos para proteger as transações financeiras efetuadas pelos clientes. No Centro da cidade, a maioria das agências já conta com a proteção, para evitar que seja vista a movimentação bancária na hora do saque também está sendo usada como medida de segurança.