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Preocupada com ameaças a Zuñiga, Colômbia alerta autoridades

Por Agência Brasil 08/07/2014 12h12

Após mensagens ofensivas e ameaças na internet contra o jogador colombiano Camilo Zuñiga e sua família, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia emitiu um comunicado à sua embaixada em Brasília para que mantenha contato com as autoridades locais e da Federação Internacional de Futebol (Fifa) com o intuito de garantir a segurança do lateral-direito da seleção. Na última sexta-feira (4), na partida das quartas de final pela Copa, Zuñiga deu uma joelhada nas costas de Neymar o que ocasionou uma lesão na vértebra do atacante brasileiro e tirou o craque da competição.

O alerta também foi enviado à embaixada do país na Itália, onde Zuñiga defende a equipe do Napoli há cinco temporadas. A Embaixada da Colômbia em Brasília confirmou a preocupação com o caso de Zuñiga, mas informou que qualquer posicionamento oficial será publicado em sua página na internet.

A Colômbia tem triste histórico de violência relacionado ao futebol. Somente durante esta Copa, 17 mortes foram registradas em Bogotá, capital do país, nas comemorações das vitórias da seleção colombiana. Apenas na estreia da seleção, no dia 14 de junho, foram registradas nove mortes e mais de 100 pessoas feridas.

Este ano o país lembra os 20 anos da tragédia que tirou a vida do zagueiro da seleção colombiana Andrés Escobar, assassinado ao retornar da Copa do Mundo dos Estados Unidos. Liderada por Freddy Rincón, Faustino Asprilla e Carlos Valderrama, conhecida como “geração de ouro”, a equipe chegou a ser apontada como uma das favoritas durante o Mundial, mas não passou da fase de grupos e foi eliminada no jogo com os anfitriões, no qual perdeu por 2 a 1, com um gol contra de Escobar.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pediu à Comissão Disciplinar da Fifa que o jogador colombiano fosse punido pela agressão que tirou Neymar da Copa do Mundo. Ontem, no entanto, a entidade máxima do futebol decidiu não punir Zuñiga, alegando que as condições descritas em seu código disciplinar (CDF) não permitem a intervenção no caso. A entidade diz lamentar profundamente o incidente e as graves consequências para a saúde de Neymar.