Saúde

Paciente com suspeita de meningite deve procurar atendimento com urgência

Por Redação com assessoria 01/04/2015 08h08
Paciente com suspeita de meningite deve procurar atendimento com urgência
- Foto: ilustração

Febre, cefaleia, náusea, vômito, rigidez na nuca e prostração. Esses são os sintomas da meningite - um processo inflamatório nas meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. A primeira medida a ser adotada pelo paciente é procurar a assistência médica, com hospitalização imediata nos casos suspeitos, conforme esclarece a gerente de Doenças Imunopreveníveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Claudeane Nascimento.

Isso porque, o tratamento precoce e adequado dos casos reduz significativamente a letalidade da doença. Desse modo, segundo a gerente da Sesau, ao perceber os sintomas, o paciente deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de sua residência para atendimento médico e nunca fazer uso de automedicação, após avaliação médica, caso haja a suspeita de meningite, o paciente deverá ser encaminhado para a unidade de referência, que em Alagoas é o Hospital Escola Helvio Auto (HEHA).

"A meningite pode ser causada por agentes infecciosos, como bactérias, vírus e fungos; e não infecciosos, no caso de traumatismo. As de origem infecciosa são as mais graves do ponto de vista da saúde pública. Esse alerta se deve pela magnitude da ocorrência desses casos e o potencial de produzir surtos", informou Claudeane Nascimento.

Transmissão

A gerente de Doenças Imunopreveníveis da Sesau salienta que a transmissão acontece de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. Para isso, no entanto, é necessário haver contato íntimo, seja com os residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche ou escola, parceiros, além do contato direto com as secreções respiratórias do paciente.

"Como forma de prevenção da meningite, recomendamos que se evitem ambientes fechados e aglomerados, como também que se adotem as medidas de higiene, como usar lenço ao tossir e espirrar. É importante que as residências, apartamentos e locais de trabalho estejam sempre arejados, já que locais fechados são propícios à proliferação de bactérias, vírus e fungos", alerta Claudeane Nascimento.

Grupo Vulnerável

 A susceptibilidade é geral, entretanto o grupo etário mais vulnerável são as crianças menores de 5 anos, mas as crianças menores de 1 ano e adultos maiores de 60 anos são mais suscetíveis à doença, segundo informa Claudeane Nascimento. "Os neonatos raramente adoecem, em virtude da proteção conferida pelos anticorpos maternos. Essa imunidade vai declinando até os três meses de idade, com o consequente aumento da susceptibilidade", salienta.

De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), neste primeiro trimestre de 2015 foram registrados 11 casos, dos quais quatro evoluíram para óbito. No mesmo período do ano passado, foram notificados 31 casos, levando 05 para óbito. "Apesar da redução do número de casos, o alerta é para as medidas de prevenção, uma vez que os portadores assintomáticos da doença são 10% da população", frisou Claudeane Nascimento, ao citar dados do Ministério da Saúde.

Tratamento 

A gerente de Doenças Imunopreveníveis da Sesau orienta que algumas medidas devem ser adotadas em tempo oportuno, ou seja, em até 48 horas, para quebrar a cadeia de transmissão da doença. Entre as medidas estão o bloqueio vacinal seletivo que será feito com a vacina Meningocócica C para a faixa etária de três meses a menor de dois anos que não estiver com o esquema vacinal em dia.