Agreste

Modelo de gestão do Presídio de Agreste é exemplo para o RJ

Por Redação com assessoria 31/08/2015 09h09
Modelo de gestão do Presídio de Agreste é exemplo para o RJ
- Foto: Jorge Santos

“Ficamos muito satisfeitos. Aprendemos muito com Alagoas e desejamos adotar esse modelo de gestão que tem dado resultado. A Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) está de parabéns pelo trabalho”. A afirmação foi do secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro, coronel PM Erir Costa Filho, que encerrou sua visita ao Presídio do Agreste, no sábado (29). A unidade nunca registrou rebeliões e fugas.

O diretor das unidades prisionais, capitão PM Josinaldo Anízio, o diretor da unidade do Agreste, Gilson Messias, e o gerente operacional da Empresa Reviver, que faz a cogestão do presídio, Balbino Oliveira, prestaram as informações e orientações sobre o modelo de administração adotado. Essa é a terceira vez neste ano que o Presídio do Agreste recebe um secretário de outra unidade federativa. Antes, ocorreram visitas de Sergipe e Goiás.

O Presídio do Agreste, inaugurado em novembro de 2013, situado na cidade de Girau do Ponciano, é um exemplo de unidade modelo. O presídio conta com bloqueadores de celular, acessibilidade para deficientes físicos, fábrica de tecidos, cultos evangélicos, salas de aula e outros requisitos previstos na Lei de Execuções Penais. Vale destacar que 20% do total de reeducandos estão estudando, superando a média nacional dos presídios do país, que é de 11%.

De acordo com o diretor Gilson Messias, o modelo de gerência do presídio preza pela segurança, eficiência e disciplina. Não há contato direto dos agentes penitenciários com os reeducandos, mas tudo é controlado. “A gerência dos módulos ocorre de modo verticalizado, de cima para baixo, monitoramos inclusive o fornecimento de água e energia. Todos os 788 reeducandos seguem regras para boa convivência”, salienta.
 

O diretor capitão Anízio lembra que, além da disciplina, há planejamento para manter a ordem e a segurança. “Temos um canil com dez animais treinados para conter princípios de rebelião. Os agentes penitenciários também têm um rádio comunicador direto com a Polícia Militar para qualquer tipo de intervenção emergencial. Médicos e enfermeiros contam com uma enfermaria e fazem o atendimento 24h na unidade”, ressalta.

O gerente da Reviver explica que existem procedimentos para gerar mais celeridade e agilidade na comunicação. “Temos uma TV Corporativa, onde são transmitidas todas as informações dos reeducandos; ficha criminal, atendimentos recebidos e pessoas no qual tiveram contato. Além de 125 câmeras que monitoram o perímetro interno e externo. Todos aqueles que entram na unidade são cadastrados. Registramos tudo”, lembra Balbino.

 “Tivemos uma excelente impressão, desejamos implantar uma gestão otimizada, capaz de cumprir o que determina a lei, ou seja, reintegrar os reeducandos ao convívio social e evitar reincidências após cumprirem suas penas. Todos nós temos problemas com recursos, precisamos fazer mais com menos. Por isso, é fundamental compartilhar ideias que deram certo e aqui no Agreste temos muitos exemplos de boas práticas”, finaliza o gestor carioca.