Alagoas

Jornalista arapiraquense é selecionado em programa literário de Alagoas

Por Fábio Lopes 07/11/2015 08h08
Jornalista arapiraquense é selecionado em programa literário de Alagoas
- Foto: Cortesia / Breno Airan

Ele é seco, enxuto. Mas, tem alma. Assim escreve o jornalista arapiraquense, da nova geração, Breno Airan, selecionado entre 19 escritores pelo Programa de Incentivo à Cultura Literária (PICL), da Imprensa Oficial Graciliano Ramos.

Breno Airan participa do programa com o livro "Meio Chá de Pólvora", que, segundo o autor, a obra busca o equilíbrio da vida.

"O que coloco à tona nesse “Meio Chá de Pólvora” é a sutileza que é viver e, ao mesmo tempo, a tragédia. O livro busca o equilíbrio, como o próprio título tenta", salienta o jornalista.

Ele afirma, singelamente, que ficou surpreso e que não esperava a indicação. Mas, Breno Airan está lá entre outras 19 pessoas pensantes, que escrevem contos, poesias, romance, verso e prosa, entre outros gêneros literários.

"Creio que eu realmente seja o único arapiraquense nesse meio", diz, ainda meio incrédulo com a seleção.

"Mas juro que não esperava passar pelo crivo. Minha poesia é mais seca; em sua maioria sem rima. Denoto o existencial, o surreal, o cósmico. Noutras, falo de amor, solidão e inconsciência", revela o escritor.

Gratidão

Breno Airan utiliza as palavras na medida certa. Ele agradece por todos os livros que seus pais compraram até hoje e o incentivaram a ler.

"Enfim, serei escritor gravado em papel e tinta para que outras pessoas, num futuro distante, possam me ler. Ou não", imagina ele sem se importar se fará sucesso ou não.

"Não me importa o sucesso! O que coloco à tona nesse “Meio Chá de Pólvora” é a sutileza que é viver e, ao mesmo tempo, a tragédia. O livro busca o equilíbrio, como o próprio título tenta", relata.

Segundo Airam, o teor de "Meio Chá de Pólvora" são registros colocados por ele no papel desde 2008 até os dias atuais.

"Foram registros meus feitos ainda quando eu me descobria gente, em 2008, e outros mais maduros, atuais, com influências muito variadas", revela o arapiraquense.

Arte de viver, LeroWhite e Maitê

"Pra mim, escrever é o filtro do que capto no mundo aqui fora. E tenho acesso a muita música, pintura, cinema e mesa de bar. É o que talvez me faça poeta: não apenas ler poesia e tentar reproduzir isso, mas viver", ensina o jovem escritor que vive com base na sabedoria de saber agradecer e compartilhar.

"Quanto aos companheiros e companheiras que também passaram pela seleção da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, estou certo da felicidade de cada um e externo meus sinceros parabéns", deseja aos demais que foram, também, selecionados.

Esse gesto de viver é que faz o diferencial de Breno Airan. "Esse edital fomenta não só o campo das letras em Alagoas, mas o sonho de sermos a própria literatura. Isso é tudo o que tenho...", diz ele.

"Ah, sim, também faço parte do portal literário LeroWhite e já saí num livro coletivo organizado pela Maitê Proença", faz questão de mencionar ao escrever suas próprias palavras, por e-mail, ao 7 Segundos.

E, assim, é Breno Airan, o arapiraquense na literatura do mundo.