Arapiraca

Funcionários de Call Center denunciam demissões

Por 7 Segundos 03/02/2016 11h11
Funcionários de Call Center denunciam demissões
AeC sede Arapiraca - Foto: Agência Alagoas

A participação de funcionários da A e C Call Center em um grupo de watts aap ligado ao Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sintel) em Alagoas pode ter sido o motivo de uma série de demissões ocorridas na primeira semana de fevereiro.

Segundo denúncias que chegaram ao portal 7Segundos pelo menos doze funcionários que participavam deste grupo de wats app foram desligados da empresa. O grupo foi formado para organizar e fortalecer as mobilizações sobre as reivindicações dos operadores de telemarketing.

“Ficamos sabendo que havia uma pessoa infiltrada no grupo para informar a direção da empresa sobre quem estava engajado nas mobilizações”, afirmou um ex-funcionário.

Ainda segundo as denúncias coincidentemente as demissões ocorreram em série e sem nenhum motivo plausível. A direção da empresa apenas disse que os funcionários estavam sendo desligados sem nenhuma razão que justificasse a demissão. “Teve funcionário que mesmo sem nunca ter faltado e nunca apresentou atestado médico, foi demitido”, informou outro funcionário.

Funcionários informaram que por causa dessas demissões em massa muitas pessoas deixaram de participar do grupo de wats app com medo de sofrer perseguições e retaliações.

Assédio Moral

Outra denúncia feita pelos funcionários da AeC Call Center de Arapiraca é que eles são obrigados a ficarem de é e cantarem uma música institucional toda vez que os diretores da empresa e autoridades chegam à sede da empresa. “Cássio seja bem- vindo/ sua presença é um prazer/ por isso estamos alegres/ Arapiraca ama você", diz um trecho da música.

Os funcionários dizem se sentem constrangidos em cantar a música mas temem que sejam demitidos se descumprirem a determinação da empresa.

O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Alagoas disse que essa prática caracteriza crime de assédio moral e que o caso já foi denunciado ao Ministério Público. “Pelo que nós apuramos essa é uma prática que acontece em as unidades das AeC espalhadas pelo país. Ninguém pode ser obrigado a cantar uma música determinada pela empresa”, afirmou um dos diretores do Sinteel.