Alagoas

Alagoas não registra mortes por Guillain-Barré em 2015

Por 7 Segundos com Agência Alagoas 19/02/2016 14h02
Alagoas não registra mortes por Guillain-Barré em 2015
- Foto: Reprodução/ Internet

Devido ao serviço estadual de atendimento a pacientes com Guillain-Barré (síndrome autoimune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso por engano), Alagoas não registrou nenhum óbito em 2015.

Dos 43 pacientes tratados gratuitamente por meio do convênio firmado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, nenhum evoluiu para óbito.

Técnica inovadora

O tratamento se utiliza de uma técnica inovadora, denominada de plasmaférese, que tem reduzido o tempo de tratamento dos pacientes. Isso porque, enquanto o tratamento tradicional, realizado com imunoglobulina, dura em média seis meses, as sessões de plasmaférese já possibilitam que o paciente apresente melhora significativa na primeira sessão, sendo mais eficientes para evitar possíveis sequelas.

“Nosso propósito é assegurar que nenhum alagoano acometido por Guillain-Barré fique sem atendimento. A assistência integral e humanizada é uma de nossas metas e estamos trabalhando para proporcioná-la para que a recuperação seja eficaz e o paciente não fique com nenhuma sequela”, evidenciou a secretária de Estado da Saúde, Rozangela Wyszomirska.

A prova da eficiência do serviço estadual de atendimento a pacientes com Guillain-Barré pode ser constatado no relato da administradora de empresas Larissa Ferreira, 24 anos. Uma das 43 pacientes atendidas no ano passado, ela teve dormência na ponta da língua e face, além de sentir formigamento na panturrilha e ficar sem conseguir movimentar as pernas.

Ao receber o primeiro atendimento no Ambulatório 24 Horas João Fireman, no Jacintinho, e ser transferida para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou 16 dias internada, ela foi tratada pelo serviço estadual de atendimento a pacientes com Guillain-Barré.

“Consegui mexer os dedos dos pés dez minutos após iniciar a plasmaférese. Foi um momento de muita alegria, mesmo sem saber dizer o nome da síndrome”, recordou Larissa Ferreira.

Segundo o hematologista Wellington Galvão, que tratou a paciente, a plasmaférese é uma técnica semelhante à hemodiálise, onde os anticorpos que estão atacando a bainha de mielina são filtrados.

“Esse tratamento disponibilizado aos usuários do SUS também é aplicado em pacientes com Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) e a mielite transversa”, informou.