Agreste

Empresa, alvo da operação do Gecoc, é denunciada por irregularidades em Traipu

Por 7 Segundos 28/04/2016 12h12

A empresa LLMAR LTDA já havia sido alvo de denúncias de fraudes na prefeitura de Traipu durante os anos de 2013 e 2014. O dono da empresa,Luciano Lima Lopes, conhecido como “ Luciano Cabeção” foi preso na manhã desta quinta-feira (28) durante operação realizada pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosos (Gecoc) acusado de emitir notas fiscais falsa  em várias prefeituras de Alagoas . 

Em Traipu, a LLMAR LTDA tinha vencido um processo licitatório no ano de 2013 para a locação de 60 veículos que seriam destinados as áreas de educação e saúde. Mas segundo as denúncias que foram formalizadas na época por Benedito Pinheiro de Moura - um servidor público aposentado, as planilhas de valores pagos a empresa atingiam valores muito alto que não condiziam com a quantidade de veículos que prestavam serviços no município. “Além dos valores que ultrapassavam R$ 1 milhão ao ano, os motoristas contratados pela LLMAR LTDA acumulavam salários atrasados”, informou o servidor aposentado.

Na denúncia feita ao Ministério Público em 2013 foram anexados comprovantes de transferência bancária da prefeitura de Traipu para a empresa LLMAR LTDA, apontando indícios de fraudes. Apesar das denúncias, as investigações não avançaram na época.

Na manhã desta quinta-feira (28) o promotor Luís Tenório, que participou da operação do Gecoc, afirmou que a empresa de “ Luciano Cabeção” era um verdadeira fábrica de notas frias que eram fornecidas para dezenas de prefeituras. “Encontramos carimbos de diversas prefeitura no apartamento do empresário”, afirmou o promotor. 

Segundos as investigações o empresário era beneficiado em 7% do valor superfaturado nas notas fiscais.

Durante a operação no apartamento do empresário em Maceío, foram apreendidos documentos, computadores e um vasto matérial que podem comprovar o envolvimento das prefeituras no esquema de notas frias. Uma pasta com o nome da prefeitura de Traipu com documentos da Secretaria Municipal de Saúde relativos aos anos de 2013 a 2015 também foi apreendida.