Alagoas

Parecer de promotor que "manda réu pro inferno" é acatado por juiz alagoano

Por 7 Segundos 30/06/2016 14h02

O parecer do promotor de Justiça José Alves de Oliveira Neto, da 8ª Promotoria de Justiça Criminal de Arapiraca, está dando o que falar depois que foi divulgado nas redes sociais.

No documento, o promotor suplica para o réu ser promovido e ir para o inferno. O juiz da 8ª Vara Criminal, Jandir de Barros Carvalho, acolheu o parecer do promotor.

No documento, o promotor se refere à ausência do réu e das testemunhas na audiência de instrução e julgamento. Sem o comparecimento das partes a audiência não foi realizada.

"No que aduz [conduzir] às testemunhas, pugna o MP pela requisição de diligências policiais para a localização, ou a substituição por outras, a serem apontadas pela autoridade policial, com intimação aduzindo das consequências do não comparecimento e da possível condução, de livre e espontânea pressão", afirma o promotor no parecer.

O promotor José Alves de Oliveira Neto se refere ao réu "Galego da Taquarana" que o mesmo não cumpriria nenhuma condição imposta na audiência que o colocou em liberdade.

"O réu, um dos criminosos mais perigosos do Nordeste, exímio na arte de praticar crimes, envolvido em crimes a banco, pistolagem e mais um cipoal de condutas criminosas, que nem mesmo naqueles filmes americanos se pode ter paralelo, não era de se esperar compromisso com a justiça", diz o parecer.

Por considerar tais fatos, o promotor afirma que não pedirá a prisão do réu novamente porque daria mais despesas, se for pego, colocando em risco a vida dos policiais militares destacados para capturar o réu.

"Vamos rezar para que ele seja promovido e desça ao andar de baixo, junto ao seu mentor Lúcifer", conclui o promotor.

O documento é datado em 17 de maio de 2016. O juiz de Direito, Jandir de Barros Carvalho, acatou o parecer do promotor tendo como indiciado Evinaldo Galdino da Silva.

"Acolho o parecer de representante do Ministério Público e expeça-se ofício à autoridade policial para prosseguir com as diligências requeidas pelo Ministério Público", afirma o juiz em seu despacho.

Surpresos

Surpresos com a comunicação do parecer do promotor, nas redes sociais muitos advogados perguntaram se o documento era verdadeiro ou não.

"Um amigo advogado me disse que vários advogados do Brasil estão ligando para ele, perguntando se é verdade", disse um internauta nas redes sociais.

Veja, em anexo, os documentos na íntegra.