Alagoas

Nove em dez passageiros aprovam aeroportos dos Jogos Olímpicos

Por 7 Segundos com Assessoria de Imprensa / Transportes 24/08/2016 15h03
Nove em dez passageiros aprovam aeroportos dos Jogos Olímpicos
- Foto: Assessoria / MT

Os Jogos Olímpicos Rio 2016 deram ao Brasil novos recordes do lado de fora das arenas. O índice de pontualidade de 94,8% foi o melhor já registrado em uma operação especial do setor de Aviação Civil no País. O resultado se refere ao período de 1º a 22 de agosto, que compreende os principais dias de chegada de torcedores, atletas e membros de delegações ao pico de movimentação dos aeroportos durante o evento esportivo (dia 22).

"Esse é o resultado de anos de trabalho integrado de vários órgãos, sob a coordenação do Comitê Técnico de Operações Especiais, vinculado à Secretaria de Aviação Civil. Estão todos de parabéns: governo e setor aeroportuário. Tudo funcionou de forma que os passageiros nem sequer percebessem que por trás de sua chegada ou partida houve um imenso trabalho para que tudo acontecesse como num dia qualquer. Como de fato aconteceu", comemorou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella.

Nos nove principais aeroportos monitorados pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil durante o evento, o índice médio de atrasos foi de 5,2%, uma queda de 59% em relação à performance dos terminais durante a Copa do Mundo de 2014 (8,8%).

Em 22 dias, foram transportados cerca de 7,91 milhões passageiros, o equivalente à população da Suíça. Juntos, os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, no Rio, e Guarulhos, em São Paulo – responsável por cerca de 40% das conexões internacionais com destino aos Jogos no Rio, movimentaram aproximadamente 3,98 milhões de viajantes.

Os nove aeroportos monitorados são da cidade-sede mais aqueles das cidades onde houve partidas de futebol: Galeão, Santos Dumont, Guarulhos, Congonhas, Viracopos, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e Manaus.

O patamar de atrasos na casa dos 5% é três vezes melhor que a meta do setor de aviação para o período da Rio 2016: a Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero) trabalha para manter o índice de atrasos abaixo de 15% (considerados atrasos só voos que decolem além de 30 minutos do horário previsto).

Qualidade – Uma pesquisa realizada diariamente pela Secretaria de Aviação nas áreas restritas dos aeroportos pesquisados revela que a qualidade da oferta de serviços, atendimento, gestão e organização dos terminais foi aprovada por nove em dez passageiros entrevistados.

No período analisado, a experiência de chegada e saída dos terminais manteve o padrão de excelência oferecido em dias comuns nos aeroportos do País – em alguns casos, até melhor. Em uma escala de 1 a 5, a média de satisfação apurada chega a 4,24, o que representa a consolidação de melhorias de infraestrutura e perfeita adequação da atividade dos terminais a picos de demanda.

Somente na última segunda-feira (22), dia seguinte ao encerramento do evento, cerca de 90 mil pessoas passaram pelo aeroporto internacional do Galeão, no Rio. O aeroporto de Guarulhos, com média 4,55 em uma escala de 1 a 5, ocupa o topo do ranking de satisfação do passageiro, no período considerado.

Opinião – O norteamericano Troy Johnson, 32 anos, esteve no Rio de Janeiro para assistir a diversas competições da Rio 2016. No retorno à sua cidade, Germantown, fez seu check-in de voo pela internet e pegou um taxi para o Galeão no último sábado à noite, 3 horas antes da previsão de decolagem. Ao chegar ao terminal, despachou a bagagem e se deparou com uma estrutura, segundo ele, “muito segura, moderna, extremamente limpa. Poderia dizer que é um dos melhores aeroportos em que já estive no mundo”, afirmou o norteamericano.

Johnson disse que a rede de internet sem fio está entre os serviços mais importantes para o passageiro: “a wi-fi aqui é gratuita e isso é excelente”, exclamou. Sentado e com o celular carregando na poltrona, deu a nota máxima para a disponibilidade de tomadas. “A única coisa ruim é que se caminha muito, mas isso é coisa de grandes aeroportos”, destacou.

O alemão Ivan Khodabakhsh é CEO na área esportiva e mora em Lausanne, Suíça. Ao fim de sua jornada de seis dias a trabalho nos Jogos Olímpicos Rio 2016, chegou ao Galeão para uma outra jornada: a volta pra casa.

“Tudo aqui está muito legal. O mais importante em um aeroporto é poder chegar rápido ao portão de embarque, e nesse aspecto minha experiência foi boa”, elogiou.

Ele visitou a área vip, mas considerou pequena para a demanda: “estava lotada, preferi sentar aqui mesmo”, disse ele na área de embarque, onde elogiou a disponibilidade de tomadas e de cadeiras (notas 5). Os funcionários do check-in e raio-x foram cordiais (notas 4 e 5) e a sinalização do aeroporto também foi bem avaliada pelo passageiro (5). Segundo ele, de forma geral a passagem pelo aeroporto foi a melhor possível: nota 5.

A brasileira Carolina Drummond, 21 anos, mora e estuda na Bélgica há dois anos. Veio especialmente para os Jogos Olímpicos, onde assistiu a algumas competições, e também aproveitou para curtir a família, no Rio. Nos últimos 12 meses, passou pelo aeroporto do Galeão mais de seis vezes e diz que está extremamente surpresa com a mudança na infraestrutura do terminal:

“O novo Galeão está bem diferente, muito parecido com os maiores aeroportos de grandes potências do mundo. Algumas pessoas falam que as distâncias a percorrer aqui dentro são grandes, mas não tem como ser diferente. O importante é que está tudo muito bem sinalizado, banheiros novos e limpeza geral ótima também. Estou bem feliz com essa parte nova do aeroporto”, avaliou.

Carolina também elogiou os novos recursos de segurança, como o e-gate, e a organização do estacionamento. A nota foi 5 para itens como confiabilidade da inspeção de segurança e qualidade da wifi: “acabei de testar, está muito boa”.

Tempo - Considerando os nove principais aeroportos monitorados pelo Ministério no período, o tempo médio de fila no check-in doméstico no guichê foi 10 minutos, enquanto no check-in internacional a fila durava cerca de 5 minutos. A inspeção de segurança (doméstica e internacional) estava livre de filas, o que fez com que o passageiro fosse liberado em, em média, 1 minuto.

A bagagem doméstica foi restituída em 23 minutos e a internacional em 48 minutos (tempo decorrido entre o calço da aeronave e a chegada da última bagagem na esteira). Já os procedimentos de imigração e emigração demoraram em torno de 10 e 2 minutos, respectivamente.

O número total de partidas programadas nos nove aeroportos foi de 33.627 – Santos Dumont e Galeão, 7.386; Guarulhos, 7.858. Foram registrados 72 voos VIPs e realizado atendimento a 123 chefes de Estado, além de chefes de governo e autoridades internacionais.

Manual – A operação foi planejada nos mínimos detalhes. A Secretaria de Aviação coordenou a elaboração do Manual de Planejamento do Setor Aéreo para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O documento consiste em um grande acordo operacional e de planejamento que padroniza a operação dos 40 aeroportos sob regime especial de funcionamento durante a Rio 2016.

O manual foi construído após cerca de 400 horas de debates, análises técnicas, revisão de procedimentos, ações de alinhamento e cooperação para as Olimpíadas e Paralimpíadas e carimbado pelos 27 órgãos que compõem o CTOE, o Comitê Técnico de Operações Especiais da Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias).

Entre os pontos de destaque estão o planejamento de fluxo dos terminais de passageiros e ocupação de pátios e pistas, questões de segurança e defesa aérea, reforço de recursos humanos, administração da capacidade de operação dos aeroportos, gerenciamento de prioridades de tráfego aéreo e acessibilidade.

Todos esses itens são verificados desde 2015, em simulados e eventos-teste. A operação foi planejada para oferecer máximo conforto ao passageiro e minimizar impactos da demanda extra aos serviços aeroportuários.

Setor - Criado em 2012, o CTOE consiste em um fórum de planejamento e gestão com a missão planejar a operação aeroportuária durante os grandes eventos internacionais e períodos de grande demanda, como o Carnaval. O primeiro trabalho foi a Rio+20. Depois vieram a Copa das Confederações, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa do Mundo. O desafio do Comitê é manter o setor como referência em áreas como pontualidade e segurança.