Preso na tarde desta terça-feira (6), José Ailton da Silva, de 55 anos, vulgo Jeilton, acusado de ter estuprado uma adolescente de 13 anos, no município de Craíbas, no Agreste de Alagoas. Ele foi encaminhado para a Central de Polícia Civil, no bairro Baixão, em Arapiraca.

José Ailton da Silva, do Povoado de Folha Miúda, em Craíbas, teve o mandado de prisão expedido pelo juiz Alberto de Almeida, da 1ª Vara da Infância, da Comarca de Arapiraca.

O crime aconteceu na residência da vítima, em Craíbas. De acordo com as investigações, a vítima e seus familiares residiam no Sítio Lagoa Torta, dentro de um terreno de propriedade do acusado.

Os pais da adolescente trabalhavam na roça durante o dia, enquanto a menina ficava em casa com seus dois irmãos. Em 2015, o acusado chegou na residência da adolescente, sabendo que os pais dela não se encontravam. Na cozinha, ele solicitou um copo d'água e, nesse momento, o acusado agarrou a menina e a levou para o quarto dos pais, onde praticou o ato sexual à força.

Após três dias do fato, o acusado retornou à residência da vítima e voltou a praticar um novo estupro, desta vez fazendo ameaças de morte, caso a menina revelasse o ato para alguém. O acusado chegou a dizer que passaria com o carro por cima dela e de seus irmãos.

Com medo das ameaças, a vítima se manteve em silêncio por quase um ano. A adolescente só revelou o estupro depois de as professoras da escola em que ela estuda descobrirem que ela estava grávida.

Em junho deste ano, a diretora Benedita Inácio dos Santos e a corrdenadora Edna Farias de Souza, da Escola Pedro Ramos Francisco, onde a menina estuda, perceberam que a adolescente passava mal.

Com enjoos e vomitando bastante, as professoras questionaram a adolescente sobre o que estava acontecendo e descobriram que ela estava grávida e havia sido vítima de estupro praticado por José Ailton.

Conselho Tutelar

O caso foi encaminhado para o Conselho Tutelar de Craíbas para as providências cabíveis. A vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exame e, após uma ultrassonografia, revelou-se uma gestação de 16 semanas.

Em seu depoimento a vítima afirmou que os estupros aconteceram, em média, três vezes por semana, durante um ano, sempre que o denunciado percebia que os pais da adolescente não estavam em casa.

A adolescente afirmou, também, que nunca manteve qualquer tipo de relação com outros homens, apenas com o acusado.

Em depoimento à polícia, a mãe da adolescente afirmou que o último estupro aconteceu no dia 9 de junho deste ano e que suas outras filhas só não foram vítimas porque fugiam do acusado.

Depois do acontecido com a filha, a família mudou do local e ainda permanecem morando na zona rural do município de Craíbas.