Arapiraca e municípios vizinhos registraram crescimento na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Na edição 2016 da competição, cujas provas foram realizadas em setembro, a região contabilizou 29 medalhistas – alunos oriundos de escolas das redes estadual, municipais e Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Em 2011, este número foi de 3 medalhistas ( 2 de ouro e um de prata), todos alunos da rede municipal e estadual de Coité do Noia.

 No caso de Arapiraca, a evolução é notável: se em 2011 o município teve 11 alunos com Menção Honrosa (quando o candidato não ganha medalha, mas tem bom desempenho na prova), este ano foram 15 medalhistas – 11 de bronze e 4 de prata. Este número sobe para 29 quando somados aos 14 medalhistas de municípios de Coité do Noia, Taquarana, Limoeiro de Anadia, Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa.

 Quantitativamente, Arapiraca supera inclusive Maceió, onde 11 estudantes do Ifal e da rede estadual conquistaram 2 ouros, 2 pratas e 7 bronzes. Dentre os destaques, as 2 medalhas de prata do Ifal Arapiraca, 5 medalhas de bronze da Escola Municipal João Batista Pereira; 1 prata e 2 bronzes da Escola Municipal Maria de Nazaré e os dois bronzes da Escola Estadual Quintella Cavalcanti.

 Já entre os municípios vizinhos, destaque também para os municípios de Coité do Noia com 5 bronzes, Taquarana, com 3, Lagoa da Canoa, Girau do Ponciano e Limoeiro de Anadia, cada uma com 2 medalhas de bronze.

 Além dos alunos, a região também teve 9 professores e 6 escolas premiadas na edição 2016 da Olimpíada.

 Escolas estaduais

Duas escolas estaduais da região tiveram, cada uma, dois medalhistas na edição 2016 da Obmep: Quintella Cavalcanti, de Arapiraca, com os alunos Danielle Vicente de Farias e José Denner Lira do Nascimento e Álvaro Paes, de Coité do Noia, com José Ruan Francisco e Maria Karla Barbosa de Lima.

 Tradicional celeiro de campeões da Obmep, a Escola Álvaro Paes teve 10 alunos medalhistas nas últimas nove edições da Olimpíada, dentre os quais, Marta Severiano de Oliveira. Hoje estudante da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Marta foi prata em 2013 e bronze em 2008 e 2012.

Já o aluno José Denner Lira, da Escola Quintella Cavalcanti, é trimedalhista da olimpíada, com 3 bronzes consecutivos em 2014, 2015 e 2016. Tendo sua paixão pela Matemática despertada aos 7 anos a partir de um desenho animado, Denner ensina como ter sucesso na disciplina. “Para ser bom em Matemática, a primeira coisa que você tem que fazer é não alimentar o preconceito de que ela é difícil”, orienta.

Formação

O coordenador da Obmep em Alagoas, professor Adelailson Peixoto, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), comemora o aumento de premiações do estado nas últimas edições da Olimpíada. “Tivemos um aumento de Menções Honrosas e de medalhas de prata em 2016. Nos últimos anos, o quantitativo de medalhistas do interior também cresceu”, informa.

 Em relação à região de Arapiraca, ele atribui o crescimento a formações que a coordenação da Obmep realizou com os professores em parceria com as redes municipais e a 5ª Gerência Regional de Educação (Gere), que responde pelas escolas estaduais da região. “Nestas formações, foram trabalhadas metodologias relativas à Olimpíada. Os números dos últimos cinco anos mostram que este trabalho surtiu efeito”, aponta Adelailson.

 A gerente da 5ª Gere, Luzia da Conceição, também comemora o resultado. “Estas conquistas nos alegram muito, pois são consequência de um trabalho de profissionais empenhados e que colocaram em prática tudo o que foi adquirido nas formações da Ufal. O número cada vez maior de medalhistas da região é a prova disso. E estes alunos, ao conquistarem medalhas, também estimulam seus colegas a buscar feito semelhante”, avalia Luzia.