Saúde

HE do Agreste registra 2.179 atendimentos por ataques de animais peçonhentos

Nos dois primeiros meses deste ano já foram registrados 338 atendimentos no hospital

Por 7Segundos com Assessoria 07/03/2018 08h08
HE do Agreste registra 2.179 atendimentos por ataques de animais peçonhentos
Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca - Foto: Josival Meneses/7Segundos

Casos de ataques de animais peçonhentos como, cobras, aranhas e escorpiões, já registam 2.179 atendimentos em pouco mais de um ano no Hospital de Emergência Doutor Daniel Houly, em Arapiraca, no Agreste de Alagoas.

Somente dos primeiros dois meses deste ano, o hospital atendeu 338 vítimas de ataques de cobras e escorpiões.

O índice é considerado alto e a cidade de Arapiraca lidera os casos, com o registro de 1.176 vítimas no ano passado e 197 pessoas atendidas nos dois primeiros meses deste ano, totalizando 1.373 casos.

A picada de escorpião, na maioria das vezes, causa poucos sintomas, podendo apresentar dor imediata; eritema; edema leve, e sudorese.

Já crianças abaixo de sete anos apresentam mais risco de alterações sistêmicas nas picadas pelo escorpião amarelo, que podem levar a casos graves e requerem soroterapia específica em tempo adequado.

De acordo com a coordenadora do Serviço de Epidemiologia Hospitalar do HE do Agreste, assistente social Ana Lúcia Lima, as mulheres com idade entre 20 e 29 anos representam 59% das pessoas atendidas.

Além de Arapiraca, as cidades de Limoeiro de Anadia, Feira Grande e Craíbas lideram o número de ocorrências.

“Os escorpiões são os predadores naturais das baratas, que são atraídas pelo acúmulo de sujeira nas residências”, explica Ana Lúcia Lima.

Ainda de acordo com o levantamento feito no HE do Agreste, no período de 2008 a 2018, o hospital já contabiliza 16.086 casos de ataques de animais peçonhentos, sendo 12.461 na cidade de Arapiraca, que lidera com mais de 77% as ocorrências.

Ela adianta que os ataques de escorpiões acontecem na área urbana (74%). “A maior parte dos ataques acontece no ambiente doméstico, na cozinha, no banheiro e no quintal das residências”, relata.

Ana Lúcia Lima informa que o acúmulo de entulhos e as deficiências no saneamento básico nas cidades contribuem para o aparecimento de animais peçonhentos nas residências.

“É fundamental manter as casas e quintais limpos, a fim de evitar o aparecimento de animais peçonhentos e seus ataques a moradores”, alerta.