Política

Paulão diz que Refis vai beneficiar empresas alagoanas com dívidas no Simples

Em Alagoas mais de 10 mil empresas estavam inadimplentes até fevereiro de 2018

Por Paulo Marcello com agências 06/06/2018 14h02
Paulão diz que Refis vai beneficiar empresas alagoanas com dívidas no Simples
Paulão defende aplicação do Refis em Alagoas - Foto: TV Câmara

O deputado federal Paulão (PT) é a favor do programa de Recuperação Fiscal (Refis) que vai beneficiar empresas alagoanas com dívidas tributárias cadastradas no Simples Nacional. Ele explica que o objetivo é facilitar o pagamento de dívidas feitas por micro e pequenas empresas, de acordo com a Lei Complementar 162/18 promulgada e publicada em abril deste ano.

“Só aqui em Alagoas mais de 10 mil empresas da categoria estavam inadimplentes até fevereiro de 2018. O total de débitos ultrapassa R$ 150 milhões, apenas de empresas cadastradas no Simples”, disse Paulão.

Atenção ao prazo

A Receita Federal informou que a adesão ao parcelamento poderá ser feita até o dia 9 de julho, mas lembra que neste primeiro momento apenas as empresas inscritas na dívida ativa da União poderão aderir ao parcelamento. O restante dos empresários ainda não poderão fazer o cadastro porque o aplicativo para o processo ainda não foi criado.

Por sua vez, a gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae-AL, Fernanda Fonseca, revelou que as micro e pequenas empresas correspondem a 90% dos empreendimentos abertos no Estado. A especialista disse ainda que esses negócios precisam de um suporte maior e, com essa possibilidade de parcelar os débitos, as chances de elas crescerem aumentam.

“A gente percebe que, realmente é um momento único para essas empresas que tiveram dificuldades ao longo dos anos, regularizarem suas dívidas e melhoras a competitividade dessas empresas”, destacou Fernanda.

O projeto havia sido aprovado pelo Legislativo em dezembro, mas foi barrado pelo presidente Michel Temer em janeiro, por limitações orçamentárias. O Congresso Nacional derrubou o veto por 346 votos a 1 na Câmara e 56 votos a zero no Senado.

Na avaliação do deputado Paulão, as micro e pequenas empresas, por sua grande abrangência, são essenciais para a recuperação econômica do estado.

“O microempresário é fundamental para você ter uma concorrência saudável, para com isso você girar o processo de círculo virtuoso, beneficiando, principalmente a camada mais pobre. Como equilibrar o processo do consumo”, afirmou o deputado.

A adesão ao refinanciamento pode ser feita por empresas que fazem parte do Simples Nacional, ou que já foram excluídas do programa, mas ainda têm débitos do Simples até novembro de 2017.

Vale ressaltar que a plataforma para o cadastramento ainda não está definida. Enquanto isso, apenas as empresas inscritas na dívida ativa da União podem se cadastrar. O processo pode ser feito pelo site da Fazenda Nacional.

Adesão

Para aderir ao programa é necessário pagar 5% da dívida total nos cinco primeiros meses após a adesão do refinanciamento. Caso o contribuinte não pague integralmente os valores correspondentes a 5% da dívida consolidada, o parcelamento será cancelado.

O saldo restante, de 95% do débito, poderá ser liquidado integralmente, em parcela única, com redução de 90% dos juros de mora, 70% das multas de mora, de ofício ou isoladas e 100% dos encargos legais