Polícia

Operação em Penedo prende três pessoas, incluindo filho de juiz

Foram expedidos mais quatro mandados de prisão, dentre eles um advogado, um taxista, e o filho de um magistrado

Por Redação 04/09/2018 08h08
Operação em Penedo prende três pessoas, incluindo filho de juiz
Delegacia Regional de Penedo - Foto: Reprodução/Aqui acontece

A Polícia Civil de Alagoas, através da 7ª DRP de Penedo, dá prosseguimento nesta terça (4) a operação iniciada no dia 22 de agosto, contra um grupo que é acusado de induzir o Poder Judiciário ao erro. Nesta manhã, já foram detidos outro advogado, um taxista e o filho de um juiz. Os agentes buscam ainda outra pessoa que está com mandado de prisão em aberto. A operação é feita em conjunto com polícias de outros estados, como Rio Grande do Sul.

Na primeira fase da operação, foram detidas três pessoas, dentre elas o advogado João Carlos Renovatto. Na data, os três detidos foram acusados de fraudar uma ação de execução (ferramenta judicial, promovida por credores, para exigir o cumprimento de um direito). Neste caso, uma família do Rio Grande do Sul teve prejuízo de centenas de milhares de reais.

Foram presos nesta terça (4): o taxista Flávio Firmino da Silva, em Penedo, o advogado João Paulo Duarte Pereira, também detido em Penedo, foi levado para o Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió. Já o filho do magistrado, identificado como Jairo Xavier Costa Júnior, foi preso na capital e conduzido para o Complexo de Delegacias Especializadas (Code), no bairro de Mangabeiras. Todos foram autuados pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e furto mediante fraude. Os mandados de prisão foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Penedo.

Conforme explicou o delegado, as pessoas presas nesta fase integram a mesma organização criminosa. "De uma forma geral, os acusados ingressavam com ações cíveis criando partes que não existiam no processo com a falsificação de documentos, objetivando lesionar famílias que ganhavam as ações e deveriam receber o valor da causa. Ou seja, ao invés de o dinheiro seguir para a família, iria para a organização criminosa".