Saúde

Profissionais de saúde discutem soluções para atender demanda de pacientes infartados da 2ª macrorregião

Processo para atender pacientes 24h está engavetado na Sesau desde 2016

Por 7Segundos com assessoria 30/01/2019 12h12
Profissionais de saúde discutem soluções para atender demanda de pacientes infartados da 2ª macrorregião
Profissionais de saúde se reuniram para discutir a demanda de pacientes infartados na região - Foto: Assessoria

Representantes do Hospital Regional de Arapiraca, do Chama, do Serviço Móvel de Urgência (Samu) e da Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca, estiveram reunidos nesta terça-feira (29) com o cirurgião cardíaco Sérgio Francisco, para discutir a incidência de pacientes que sofrem infarto na região e a falta de estrutura para atender essa demanda. O encontro ocorreu na sede do Samu, em Arapiraca.

O cirurgião Sérgio Francisco apresentou a situação atual dos casos de infarto ocorridos em Arapiraca e nos demais 46 municípios da 2ª Macrorregião de Saúde de Alagoas. Ainda de acordo com o médico, atualmente mais da metade dos casos necessita ser encaminhada para o Hospital Geral do Estado, em Maceió, porque esta região não dispõe do serviço do Sus habilitado para atender esses casos.

O ideal, segundo o cirurgião cardíaco, para esse tipo de ocorrência é que houvesse atendimento 24h por dia, durante todos os dias da semana. Mas a região conta apenas com os serviços de marcação de consultas e exames. Mesmo assim, as unidades de saúde atenderam 135 casos de infarto em 2018.

O processo para a instalação desse tipo de atendimento público 24h para pacientes acometidos por infartos já foi iniciado, mas desde 2016 encontra-se parado na Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau).

Durante o encontro foi discutido que esta demora no processo administrativo para a instalação do serviço na região tem ocasionado sobrecarga do atendimento do Hospital Regional de Arapiraca , além de centenas de transferências via Samu para Maceió, inclusive, várias transferências realizadas de helicóptero.

A demora entre o diagnóstico e o tempo de atendimento devido às transferências para a capital do estado, aumenta os custos para o estado, e o mais grave, aumenta o risco de morte para o paciente infartado.  O diretor do Hospital Regional Dr. Adailton Leão relatou as dificuldades que o hospital enfrenta quando muitas vezes necessita encaminhar os pacientes infartados para a capital.

Diego Santos, diretor do SAMU destacou que o serviço de Infarto Agudo do Miocárdio ( IAM) 24h na cidade ajudaria muito pois manteria as unidades avançadas (USA) sempre por perto e disponíveis com capacidade de atendimento ampliada para as mais diversas situações.

O coordenador médico da Prefeitura Municipal de Arapiraca, Celso Marcos, apontou que, independente de situações políticas o processo de implantação desse serviço na região precisa avançar  para que os cidadãos possam ser atendidos o mais próximo possível de suas residências.

O médico Sérgio Francisco  mostrou que as instalações e corpo médico da cardiologia do Hospital Chama estão prontos para iniciar os atendimentos de emergência desde que o processo que está na Sesau seja finalizado  e  o hospital passe a receber recursos federais e estaduais. “Com a implantação desse serviço vamos desafogar o SAMU, o Hospital Regional, o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), podendo atender todo agreste e sertão do Estado”, concluiu Sérgio Francisco.