Saúde

Butantan confirma caso da variante sueca do coronavírus em São Paulo

Pesquisadores do instituto também identificaram o segundo caso da variante sul-africana no estado

Por Metrópoles 26/04/2021 18h06
Butantan confirma caso da variante sueca do coronavírus em São Paulo
Covid-19 - Foto: Reprodução/Web

O Instituto Butantan identificou pela primeira vez em São Paulo a presença da variante sueca do novo coronavírus, a B.1.1.38.

Além dessa cepa, pesquisadores do instituto identificaram um novo caso da variante sul-africana B.1.351.

A variante identificada pela primeira vez em dezembro do ano passado na Suécia já havia sido registrada no Brasil, em um caso de Santa Catarina.

Já a sul-africana é a segunda do estado. A primeira foi registrada em Sorocaba e desta vez, na Baixada Santista.

No caso de Sorocaba, não há histórico de viagem do paciente à África do Sul. Segundo o presidente do Butantan, Dimas Covas, isso indica a possibilidade que seja evolução da variante P1, mais conhecida como a variante brasileira, em direção à mutação sul-africana.

“A variante sul-africana é de preocupação, enquanto a N9 e a sueca são, por enquanto, variantes de interesse. Ainda é cedo para dizer, porém, se elas são mais transmissíveis ou mais agressivas do que as variantes brasileiras já amplamente descritas, a P1 e a P2”, informa, em nota, o Instituto Butantan.

Confira a íntegra abaixo:


“Os pesquisadores do Butantan detectaram recentemente a existência de três novas variantes do vírus SARS-Cov-2, causador da Covid-19, entre os testes diagnósticos realizados no Instituto. As novas cepas foram encontradas na Baixada Santista (B.1.351, variante sul-africana, já identificada em Sorocaba), Itapecerica da Serra (B.1.318, variante encontrada na Suécia e também no Reino Unido) e em Jardinópolis (N9, uma mutação da P1, a variante amazônica, já encontrada em vários estados).

A variante sul-africana é de preocupação, enquanto a N9 e a sueca são, por enquanto, variantes de interesse. Ainda é cedo para dizer, porém, se elas são mais transmissíveis ou mais agressivas do que as variantes brasileiras já amplamente descritas, a P1 e a P2.

As detecções foram feitas na semana epidemiológica, ou seja, no período de uma semana em que o Butantan realiza a vigilância de novas variantes por meio do sequenciamento genômico de parte das amostras positivas diagnosticadas nos laboratórios do Instituto.

Afinal, uma das frentes de atuação do Butantan no combate à pandemia é a gestão e organização da Rede de Laboratórios para o Diagnóstico do Coronavírus – que reúne 19 laboratórios e é responsável por todos os testes de Covid-19 feitos na rede pública do estado de São Paulo. A rede entrega cerca de 20 mil laudos diariamente, sendo que somente nos laboratórios do Butantan são analisadas cerca de 5 mil amostras todos os dias.

A identificação e mapeamento de novas cepas é outra frente de atuação do Butantan na pandemia. A partir das descobertas de novas cepas, os cientistas do Butantan pesquisam como as variantes se comportam em relação ao estado clínico, qual sua relevância no contexto da pandemia e se a CoronaVac é capaz de combatê-las. As conclusões são levadas em consideração para a elaboração de novas vacinas – como a ButanVac – e, se houver necessidade, na atualização de vacinas existentes, como a CoronaVac.