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Vídeo com garis dançando funk na Zona Norte viraliza e eles viram celebridade; assista

Uma moradora gravou a cena, que viralizou nas redes sociais

Por Extra 22/12/2021 11h11 - Atualizado em 22/12/2021 11h11
Vídeo com garis dançando funk na Zona Norte viraliza e eles viram celebridade; assista
Garis da Comlurb cantam e dançam durante o trabalho na Zona Norte do Rio - Foto: Luiz Ernesto Magalhães / Agência O Globo

Para quatro garis e o motorista Anderson Torquato era somente mais uma manhã de sábado de uma rotina dura que só terminaria no fim da tarde. Como em qualquer outro dia, tinham que rodar pelo menos 40 quilômetros pelas ruas do Grajaú e recolher até 24 toneladas de lixo caseiro. De repente, um carro entra na Rua José Vicente (Grajaú) com o inconfundível pancadão que caracteriza músicas de funk. De brincadeira, o gari Carlos Augusto da Silva Martins, de 44 anos, relembrou seus tempos de solteiro nos anos 1990, quando era MC: entrou no ritmo e chamou os colegas para dançar. Enquanto isso, da cabine do caminhão, o motorista, conhecido na empresa como ‘’Jorge Aragão’’, por ser uma espécie de versão rejuvenescida do cantor, só observava os garis.

Uma moradora gravou a cena, que viralizou nas redes sociais. E o quarteto virou celebridade instantânea. Apesar da festa teve quem não gostasse. Evangélica, assim como dois garis da turma, a esposa de um deles parou de falar com o marido temporariamente.

Com os anos, depois de participar de algumas competições promovidas pela Furacão 2000, Carlos trocou as carrapetas nos bailes pela vassoura, em busca de mais estabilidade. Antes, também tentou a sorte como jogador de futebol e cantor de pagode.

— A família adorou. Está todo mundo comentando. Uma das mais empolgadas é minha filha (Ana Beatriz Martins). Aos 19 anos, ela trabalha na noite como a MC Sorriso. Tem orgulho do pai e sabe como ele dá duro no trabalho — contou Paçoca, que ganhou o apelido para se diferenciar de ‘’Amendoim’’, como é conhecido outro colega de trabalho com quem é muito parecido.

Carlos e o colega Fábio Martins Dias, que saiu mais cedo nesta segunda-feira, inclusive já haviam aparecido em uma reportagem do EXTRA, uniformizados, dançando funk. Em 2014, a dupla também viralizou numa espécie de batalha do passinho no Facebook que terminou empatada. Na época, eles até imaginaram montar um grupo de dança, que não foi adiante. Agora, ainda não há planos conjuntos para o futuro. De concreto, o grupo vai poder mostrar mais uma vez o gingado nesta terça-feira, no programa ‘’Encontro com Fátima Bernardes’’, da TV Globo.

Fabio Henrique, de 34 anos, precisou de quase um fim de semana para descobrir que tinha virado celebridade:

— A dança foi espontânea. Nada demais. Depois do trabalho, fui fazer um serviço extra em Maricá no domingo. Passei quase todo o dia com o celular desligado. No fim da tarde, quando retornava, religuei o celular. Os comentários se multiplicavam, assim como cópias do vídeo — conta.

Rychard Max, de 30 anos, diz que a atividade de gari é cansativa. E a dança foi uma forma de realizar. Mas todos destacam que brincam, mas com responsabilidade com as tarefas.