Polícia

Data de reprodução simulada do caso Marcelo Leite poderá ser divulgada pelo IC nesta terça-feira

Data da reprodução simulada só será divulgada após a Polícia Civil aprovar o dia sugerido pelo IC

Por 7Segundos 26/12/2022 19h07 - Atualizado em 26/12/2022 19h07
Data de reprodução simulada do caso Marcelo Leite poderá ser divulgada pelo IC nesta terça-feira
Expectativa é grande pela realização da reprodução simulada da abordagem feita ao empresário - Foto: Reprodução

A Polícia Científica de Alagoas, através do Instituto de Criminalística (IC), poderá divulgar, nesta terça-feira (27), a data para a realização da reprodução simulada da abordagem policial que resultou, alguns dias depois, na morte do empresário Marcelo Barbosa Leite, 31 anos. 

Marcelo Leite foi atingido com um tiro de fuzil disparado de uma viatura policial na madrugada de 14 de novembro de 2022, na rodovia AL-220, em Arapiraca, e morreu no dia 5 de dezembro, alguns dias após ser transferido para um hospital em São Paulo, depois de ter sido internado no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, e na Santa Casa de Misericórdia, em Maceió.

De acordo com o órgão, o ofício, informando a data da reprodução simulada será deverá ser encaminhado nesta terça-feira à comissão de delegados que investiga o caso. Ainda segundo o IC, a data só será divulgada após a Polícia Civil receber o documento e aprovar a realização da reprodução no dia sugerido pelo órgão.

Segundo a polícia, Marcelo Leite foi alvejado após ter passado em alta velocidade por um quebra-molas dirigindo seu veículo depois de ter ignorado uma ordem de parada das guarnições policiais responsáveis pela abordagem.

Conforme o relato registrado no flagrante, Marcelo teria reagido à tentativa de abordagem efetuando disparo contra a guarnição policial. Os PMs então teriam revidado atirando nos pneus do carro do empresário, mas um dos projéteis de fuzil atravessou o porta-malas e atingiu a vítima nas costas. Ainda no registro há o relato da apreensão de um revólver que pertencieria ao empresário, com isso, foi registrada a prisão em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

A família de Marcelo, no entanto, contesta as informações contidas no registro da ocorrência e afirma que o empresário não possuía arma de fogo. A família luta por justiça e quer a punição do responsável, ou responsáveis, pelo disparo que atingiu o empresário. 

O Juiz da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, Rômulo Vasconcelos de Albuquerque, revogou a prisão em flagrante de Marcelo à época. Ele também determinou que os policiais militares que atuaram na ocorrência fossem identificados e que fosse feita uma reconstituição do ocorrido, acatando pedido do Ministério Público.