Cidadania

Após tratativas do Ministério Público, Casa de Acolhimento é inaugurada em Delmiro Gouveia

Abrigo atenderá a crianças em situação de vulnerabilidade social de outros sete municípios da região

Por 7Segundos com Assessoria 01/03/2023 16h04
Após tratativas do Ministério Público, Casa de Acolhimento é inaugurada em Delmiro Gouveia
Casa de Acolhimento irá abrigar crianças em situação de vulnerabilidade social - Foto: Assessoria

Depois de promover um trabalho de sensibilização e realizar tratativas junto aos Prefeituras de Água Branca, Canapi, Delmiro Gouveia, Inhapi, Mata Grande, Olho D’ Água do Casado, Pariconha e Piranhas, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (CAOP) e das promotorias naturais desses oito municípios do Alto Sertão alagoano, participou da inauguração, nesta quarta-feira (1), da Casa de Acolhimento Monsenhor Fernando Soares Vieira, na cidade de Delmiro Gouveia. Ela vai abrigar crianças em situação de vulnerabilidade social.

O espaço foi edificado para receber 20 meninas e meninos e está estruturado com três quartos, cozinha, sala, áreas de lazer e leitura, além de banheiros e o local destinado ao trabalho administrativo. Ele pôde ser criado após a assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre a instituição ministerial e as prefeituras das cidades atendidas que, juntas, terão a missão de compartilhar as despesas para a devida manutenção do abrigo. “O Ministério Público de Alagoas se alegra em ver a inauguração de mais uma casa de acolhimento porque sabe que, aqui neste espaço, estarão crianças que vão receber o amor necessário para seguirem suas vidas pelo melhor caminho. Desejamos boa gestão às Prefeituras de Água Branca, Canapi, Delmiro Gouveia, Inhapi, Mata Grande, Olho D’ Água do Casado, Pariconha e Piranhas, e esperamos que esse compromisso de cuidar das crianças em condição vulnerabilidade desta região sertaneja seja inquebrantável”, afirmou o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque.

“É importante também destacarmos que assegurar às crianças em situação de risco os direitos e garantias que lhes são previstos na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente é uma obrigação de todos nós, poderes públicos e sociedade, e o Ministério Público estará, dia a dia, fiscalizando o andamento das atividades neste abrigo”, reforçou o chefe do MPAL.

O diretor do CAOP, José Antônio Malta Marques, explicou que as casas de acolhimento representam a concretização de um esforço conjunto de todas as instituições envolvidas. “Ao longo dos últimos três anos, pudemos presenciar as inaugurações de vários abrigos, o que representa um compromisso coletivo de várias gestões que entenderam a importância e a necessidade da instalação desses espaços. Até aqui, já foram oito casas inauguradas, o que equivale a quase 70% do estado coberto com esse equipamento público. Em breve, estaremos com 100%”, disse ele.

Além do procurador-geral de Justiça de Alagoas e do diretor do CAOP, participaram da inauguração os promotores de Justiça Denis Guimarães, Rômulo de Souto Castro e Paulo Victor Zacarias, que exercem suas atribuições nas comarcas de Delmiro Gouveia, Água Branca e Canapi. Também estavam presentes a prefeita de Delmiro, Ziane Costa, e os prefeitos de Canapi e Pariconha, Vinícius Mariano e Antônio Telmo, respectivamente, além de juízes, defensores públicos, vereadores e secretários municipais.

A casa de acolhimento

Com três quartos equipados com bicamas, berços, armários e ar-condicionados, cozinha, refeitório, área de lazer, banheiros feminino e masculino, a Casa de Acolhimento Monsenhor Fernando Soares Vieira, em Delmiro Gouveia, tem capacidade para atender 20 crianças de ambos os sexos. Além da infraestrutura, o local terá cuidadoras, cozinheira, psicóloga, assistente social e sistema 24 horas de vigilância.

Monsenhor Fernando Soares Vieira foi pároco de Delmiro Gouveia por mais de 50 anos, tendo criado um orfanato na cidade para acolher crianças em condição de vulnerabilidade social.