Justiça

Julgamento de acusados de matar empresário em Olho d'Água das Flores só deve prosseguir até quarta

O advogado Raimundo Palmeira é parte da equipe que faz a assistência da acusação

Por 7Segundos com Assessoria 18/07/2023 14h02
Julgamento de acusados de matar empresário em Olho d'Água das Flores só deve prosseguir até quarta
Julgamento de acusados de matar empresário em Olho d'Água das Flores só deve prosseguir até quarta - Foto: Assessoria/TJAL

A vara única de Olho D'água das Flores iniciou, nesta terça (18), o júri dos dois acusados de matar o empresário Gilmário Alencar dos Santos. Devido à quantidade de testemunhas, e ao tempo de debate entre acusação e defesa permitido para casos com dois réus, o júri popular só deve ser concluído na quarta-feira (19), como explica o juiz Antônio Iris da Costa Júnior.

"A gente vai escutar cinco testemunhas da acusação, cinco testemunhas da defesa, e posteriormente os dois acusados. Como há mais de um réu, serão duas horas e meia para o Ministério Público e os assistentes de acusação, e mais duas horas e meia para as defesas. Posteriormente, serão mais uma hora e meia de réplica para cada parte", detalhou o magistrado, que preside o júri no Fórum da Comarca.

Estão sendo julgados os réus José Henrique Queiroz Barbosa Rocha e Bruno Barbosa Vilar. Outro apontado como participante do crime, José Caetano da Silva Neto morreu em confronto com a Polícia, quando os policiais tentavam cumprir um mandado de prisão.

O advogado Raimundo Palmeira é parte da equipe que faz a assistência da acusação. "Hoje nós queremos trazer Justiça a todo o sertão enlutado", afirmou Palmeira. "O que a gente espera da sociedade nada mais nada menos do que Justiça. A condenação em todos os crimes imputados aos réus", declarou ainda. O promotor João de Sá Bonfim Filho representa o Ministério Público no processo.

O advogado Herófilo Ferro, que representa o réu José Henrique, ressaltou que o direito dos acusados a uma defesa qualificada é imprescindível no regime democrático.

"É necessário para a o resguardo do estado democrático que haja uma uma defesa forte. A gente respeita o sentimento das duas famílias. Tanto perdeu a família do Gil, como perdeu a família do Henrique. Um perdeu a vida e o outro perdeu a liberdade. Ele já vem há mais de dois anos e meio na cadeia, pagando supostamente pelo que fez. E aqui vamos esclarecer para que ele pague na medida da sua culpabilidade", frisou Herófilo.

A Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas esteve no Fórum de Olho d'Água das Flores assessorando o magistrado e organizando o acesso de profissionais da imprensa ao julgamento popular.

O caso

Os réus são acusados de assassinar o empresário Gilmário Alencar em 24 de fevereiro de 2021. A acusação sustenta que José Henrique decidiu matar Gilmário por não querer pagar cerca de R$ 10 mil que devia à vítima.

Após o homicídio, diz a denúncia, os réus tentaram extorquir dinheiro da família do empresário sob o pretexto de resgate, mesmo sabendo que naquela altura, ele já estava sem vida.

Consta no processo que a vítima foi asfixiada até perder os sinais vitais no escritório do lava-jato de José Henrique. Os réus teriam levado Gilmário para um terreno pertencente à família de José Henrique, na zona rural de Olho D'água das Flores e, ao perceberem um movimento da vítima assemelhado a uma tentativa de respiração, os autores teriam voltado a asfixiar a vítima. Por fim, teriam colocado o corpo em um tanque, jogado gasolina e ateado fogo.