Polícia

Ministro Flávio Dino oficializa demissão de policiais rodoviários federais que participaram de assassinado em "câmera de gás"

Genivaldo foi morto dentro de viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF)

Por 7Segundos 14/08/2023 17h05
Ministro Flávio Dino oficializa demissão de policiais rodoviários federais que participaram de assassinado em 'câmera de gás'
Ministro Flávio Dino oficializa demissão de policiais que participaram de assassinado em "câmera de gás" - Foto: Reprodução

O ministro da Justiça, Flávio Dino, assinou, nesta segunda-feira (14), a portaria de demissão de três policiais rodoviários federais que participaram da execução de Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe, no ano passado.

O processo administrativo disciplinar que apurou a ação dos policiais foi concluído pela Corregedoria-Geral da PRF e, com mais de 13 mil páginas, o processo recomenda a demissão dos três agentes diretamente ligados à abordagem e morte de Genivaldo. A demissão foi sugerida e encaminhada ao Ministério da Justiça.

O caso aconteceu em maio de 2022. De acordo com a denúncia do Ministério Público, a vítima morreu asfixiada após ser colocada no compartimento de presos da viatura da PRF, onde os agentes lançaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo.

O juiz de primeiro grau decretou a prisão preventiva dos policiais “para garantia da ordem pública, em razão da gravidade do fato e de indícios de reiteração criminosa específica”. Isso porque, segundo o STJ, dois dos três policiais envolvidos no caso foram indiciados por abordagem violenta dois dias antes da morte de Genivaldo.

Além deste caso, a PRF também investigou outras denúncias contra os policiais envolvidos.

Segundo o processo administrativo, os casos aconteceram dois dias antes da morte de Genivaldo, caso que ficou conhecido como “câmara de gás”, já que ele morreu após ser trancado no porta-malas de um carro da PRF onde foram lançadas bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.

As vítimas relataram que foram abordadas da mesma forma, quando transitavam de moto pela pista em Umbaúba (SE), sem capacete, e foram abordadas e agredidas. A PRF informou que a denúncia foi incluída no mesmo procedimento administrativo que correu contra os três policiais.