Violência

Corpo de trans alagoana assassinada em SP deverá chegar em Pão de Açúcar na próxima quarta (11)

Família recebeu a notícia de que IML paulista vai liberar o corpo na segunda-feira (09)

Por 7Segundos 06/10/2023 16h04
Corpo de trans alagoana assassinada em SP deverá chegar em Pão de Açúcar na próxima quarta (11)
Anna Luíza era natural da cidade de Pão de Açúcar, localizada no Sertão de Alagoas - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A família da jovem trans, Anna Luíza Pantaleão, 19 anos de idade, recebeu a notícia de que o corpo da jovem será liberado pelo IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo na próxima segunda-feira (09) e deverá chegar à cidade de Pão de Açúcar, no Sertão de Alagoas, terra natal de Anna Luíza, na próxima quarta-feira, onde a família vai poder, finalmente, realizar as cerimônias de velório e sepultamento da jovem, assassinada no mês de setembro no interior de São Paulo.

A notícia foi recebida com um pouco de alívio pelos familiares de Anna Luíza, que lutam há cerca de três semanas, para realizar o translado do corpo para o Sertão alagoano. No entanto, os parentes aguardam que a justiça seja feita em relação ao caso.

Segundo as informações sobre o caso, o corpo de Anna Luíza foi encontrado em avançado estado de decomposição. Ela foi vítima de crime de homofobia. O corpo dela foi encontrado no dia 19 de setembro às margens de uma rodovia em Pindorama do Bom Jesus, município do interior paulista.  

Após diversos interrogatórios feitos pela polícia, um jovem de 21 anos que trabalhava como motorista de aplicativo, confessou ter assassinado Anna Luiza e disse à polícia que, após matar a vítima com um golpe de canivete no pescoço, a levou para um motel no município vizinho, Santana de Parnaíba, onde enrolou o corpo da vítima em um lençol e depois seguiu até Pirapora, onde deixou o corpo na rodovia.

De acordo com o delegado Marcelo do Prado, da 1ª Delegacia de Carapicuíba, responsável pelas investigações, o suspeito alegou que não conhecia a vítima até o dia do crime.

O suspeito de praticar o crime disse a polícia ainda que manteve contato com Anna Luíza após contratar os serviços de garotas de programa, mas só descobriu que Anna Luíza era trans durante o encontro com ela. Ele alega que agiu em legítima defesa após uma discussão com a vítima.

“Quando ele percebeu, desistiu do programa, e foi essa a revolta dela. Ela estaria alcoolizada, alterada, entrou em luta corporal com ele dentro do veículo e teria sacado da bolsa um canivete. E, nessa luta corporal, ele tomou o canivete e acabou dando um golpe no pescoço da vítima”, relatou o delegado.