Arapiraca

Justiça decreta prisão preventiva de empresário envolvido em acidente que vitimou policial militar

Edson teria passado mal após receber a notícia e precisou ser internado às pressas no Hospital de Emergência

Por 7Segundos 30/10/2023 09h09
Justiça decreta prisão preventiva de empresário envolvido em acidente que vitimou policial militar
Policiais militares Cibelly e Porto estavam noivos - Foto: reprodução

Durante o plantão judiciário deste fim de semana, a Justiça de Alagoas decidiu decretar a prisão preventiva do empresário Edson Lopes da Rocha, envolvido em um grave acidente que vitimou policiais militares no último dia 14 de outubro. O incidente ocorreu em um trecho da AL-220, na zona rural de Arapiraca, interior do estado, e chocou a comunidade.

Amigos próximos à família de Edson Lopes informaram que ele teria passado mal após ser avisado sobre a prisão preventiva e precisou ser socorrido às pressas para o Hospital de Emergência do Agreste. A informação está sendo apurada pela reportagem.

As vítimas do acidente foram o policial militar Gheymisson Nascimento Porto e sua noiva, a também policial militar Cibelly Barboza Soares. Tragicamente, Cibelly não resistiu aos ferimentos e veio a óbito em decorrência do acidente, deixando um clima de tristeza e consternação em Arapiraca.

O acidente, registrado por uma câmera de segurança no Sítio Bom Jardim, mostrou o momento em que uma caminhonete atingiu os dois ciclistas, lançando-os ao chão com grande impacto.

Edson Lopes da Rocha, o motorista da caminhonete, se apresentou à Polícia Civil nos dias subsequentes ao acidente, prestando depoimento na época. No entanto, ele foi liberado após a expiração do prazo da prisão em flagrante. Na última sexta-feira, a Justiça decretou a prisão preventiva do empresário, embasada na preocupação de que sua influência na região poderia dificultar os depoimentos das testemunhas.

Após a decisão judicial, Edson Lopes se entregou à polícia, cinco dias após o acidente. À polícia, o empresário alegou que não viu os ciclistas na pista e negou estar sob efeito de álcool ou que tenha fugido do local sem prestar socorro. Ele afirmou que imediatamente chamou sua filha, uma enfermeira, para prestar assistência às vítimas.

O policial militar Gheymisson Nascimento Porto, sobrevivente do acidente, relatou não se recordar do momento da colisão e como foi socorrido e levado para o hospital. Apenas cinco dias depois do incidente, ele soube da trágica morte de sua noiva, Cibelly Barboza.